Benfica SAD regista prejuízo de 13,8 milhões de euros

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Ramires custou 7,5 milhões de euros ao Benfica Carlos Manuel Martins (Arquivo)

A contratação de reforços de peso e a “não venda de jogadores credenciados”. É sobretudo com base nestes dois parâmetros que a Benfica SAD justifica os 13,8 milhões de euros de prejuízo que apresentou no final do primeiro semestre da época 2009-10 - um acréscimo de 4,6 milhões relativamente ao período homólogo da temporada 2008-09.

Em boa verdade, a única dúvida residia nos números em causa, porque a política assumida pela direcção do Benfica nos últimos meses já apontava neste sentido. De resto, no comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Conselho de Administração da SAD reconhece que tem sido a aposta no plantel a desequilibrar as contas: “Os resultados gerados com transacções de passes de atletas atingiram um montante negativo de 10,9 milhões de euros, o que representa uma duplicação do prejuízo face ao período homólogo”.

E se dúvidas houvesse quanto à relação causa-efeito que o Benfica espera que lhe possa ser positiva - e, por consequência, gerar dividendos desportivos e financeiros -, o documento dissipá-las-ia, quando alude a uma “política de investimento” implementada “com o objectivo de alcançar títulos e, dessa forma, valorizar os seus activos”.

No período compreendido entre Julho e Dezembro de 2009, o valor mais impactante é o do passivo total consolidado, que subiu de 178,6 (no final de 2008) para os actuais 340,7 milhões de euros. No comunicado, a administração “encarnada” justifica esta subida de 90,7 por cento com o “aumento do passivo individual da Benfica SAD e a aquisição da Benfica Estádio”.

E o que explica este “boom” do passivo individual da Benfica SAD? Essencialmente a dívida à Benfica Estádio, o aumento do valor dos empréstimos obtidos em cerca de 15,5 milhões de euros e os investimentos na aquisição de atletas.

No outro prato da balança, conta-se um crescimento do activo consolidado: de 166,8 saltou para 355 milhões, o que corresponde a um crescimento de quase 113 por cento.

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