POSITIVO e NEGATIVO

+


Evaldo/MatheusOs canhotos do Sp. Braga foram os principais responsáveis pela recuperação no marcador. O lateral fez o cruzamento de que resultou o primeiro golo bracarense e apareceu a finalizar no segundo. O extremo foi sempre o elemento mais mexido do ataque.

-


Tengarrinha
A equipa estava em vantagem em casa de um candidato ao título, mas o jovem defesa da equipa de Olhão foi o primeiro a deixar ruir a estratégia. O Sp. Braga só chegou ao primeiro golo depois de uma oferta sua, quando cortou mal a bola, e foi por causa de um novo erro seu que permitiu a Evaldo cabecear para a reviravolta.

O candidato Sp. Braga ainda tremeu mas acabou por curar as feridas trazidas do Dragão

Foto
Os jogadores do Sp. Braga festejaram três vezes contra o Olhanense Nélson Garrido (arquivo)

O Sporting de Braga manteve a pressão sobre o líder Benfica ao vencer o Olhanense, por 3-1. Os minhotos até estiveram a perder, mas deram, a volta ao resultado e ganharam com estilo.

Domingos Paciência ainda deve ter repensado as palavras da véspera quando viu o Olhanense inaugurar o marcador. Em vez de reagir positivamente à derrota no Estádio do Dragão, o Sporting de Braga entrou nervoso. No estádio, ecoou o receio de que as marcas da goleada fossem ainda visíveis na equipa. Mas pela frente estava um adversário que ajudou a construir um resultado confortável. Dois erros defensivos dos algarvios foram determinantes na reviravolta. E o Sp. Braga volta a ter fôlego na luta pelo título.

Durante os primeiros 20 minutos quase não se viu a equipa arsenalista sobre o relvado. Três minutos antes do golo inaugural, o Olhanense fez o primeiro aviso, por Djalmir. Solto na área, depois de um erro defensivo, o avançado atirou ao poste. Mas não demorou muito a redimir-se. Na cara de Eduardo, o brasileiro deu, com a cabeça, o melhor seguimento ao cruzamento feito da direita por Castro.

O Sp. Braga demorou a encontrar-se e foram os algarvios quem mais próximos estiveram do golo nos minutos seguintes. Um remate frontal de Castro passou perto da baliza de Eduardo e, logo depois, Ukra soltou-se na direita do ataque e cruzou para Djalmir que, de ângulo apertado, fez a bola passar em frente à linha de baliza bracarense.

O golo do empate acabou, por isso, por aparecer contra a corrente do jogo. Evaldo avançou no terreno e bombeou para a área, mas só um corte mal efectuado por Tengarrinha permitiu que a bola chegasse a Matheus. Isolado, o atacante do Sp. Braga fez a bola passar entre as pernas de Ventura, fazendo o empate.

A equipa de Domingos serenou e acertou as marcações a meio-campo, passando a controlar o jogo. Castro, o estratega de Olhão, desapareceu, e passou a haver mais Sp. Braga. A dez minutos do intervalo, foi consumada a reviravolta. O defesa Evaldo voltou a aparecer no ataque, desta vez na área, e fez um golo à ponta-de-lança, aproveitando novo erro de Tengarrinha, que se esqueceu da marcação.

O resultado final foi estabelecido aos dez minutos da segunda parte. Paulo César fugiu ao seu marcador directo e fez o passe atrasado para Meyong, que não desperdiçou. Até ao final, os minhotos ainda ficaram a dever aos adeptos um par de boas oportunidades para dilatar a vantagem.

Com este triunfo, a equipa de Domingos Paciência – que completou o jogo cem como técnico principal – passa a somar, a nove jornadas do final, mais pontos do que os totalizados na temporada passada, com Jorge Jesus. Mas, mais importante do que isso, deu um safanão nas nuvens negras que pairavam sobre a Pedreira. O Sp. Braga está na luta e, como disse o técnico no final do encontro, “faltam nove finais para fazer história no clube”.

Ficha de jogo

Sp. Braga,


3

Olhanense,


1

Jogo no Estádio Axa, em Braga.Assistência
Cerca de 8.000 espectadores.

Sp. Braga

Eduardo

7

, Miguel Garcia

7

(Olberdam

6

, 73’), Moisés

7

, Leone

7

, Evaldo

8

, Filipe Oliveira

7

, Hugo Viana

6

, Alan

7

, Paulo César

7

(Rentería

-

, 89’), Matheus

8

e Meyong

7

(Luís Aguiar

7

, 63’).

Treinador

Domingos Paciência.

Olhanense

Ventura

6

, João Gonçalves

5

, Tengarrinha

4

, Miguel Ângelo

6

, Carlos Fernandes

6

(Lionn

6

, 61’), Rui Duarte

6

, Delson

6

, Castro

7

, Paulo Sérgio

5

(Toy

5

, 61’), Djalmir

7

(Yazalde

6

, 71’) e Ukra

6

.

Treinador

Jorge Costa.

Árbitro

Carlos Xistra

7

, de Castelo Branco.

Amarelos

Paulo César (44’), Castro (45’), Carlos Fernandes (60’), Hugo Viana (72’), Toy (79’), Delson (86’) e Luís Aguiar (88’).

Golos

0-1, por Djalmir, aos 15’; 1-1, por Matheus, aos 21’; 2-1, por Evaldo, aos 37’; 3-1, por Meyong, aos 54’.

Notícia actualizada às 23h21
Sugerir correcção
Comentar