POSITIVO

Ozéia
É dele um dos pés que salvou o empate nos últimos instantes do jogo. Só esse acto de justiça dá-lhe o direito de estar neste espaço.
João Moutinho
Parece ser a escolha fácil, mas voltou a ser dos menos maus em campo. Dos seus pés saíram alguns passes que podiam ter tido melhor fim.

NEGATIVO

Sporting
David Moyes, treinador do Everton, esteve na Mata Real e terá pensado assim: “Ou o Sporting está a fazer o maior bluff da história para nos surpreender na terça-feira ou esta equipa não existe e o jogo da Liga Europa são favas contadas”.
Pongolle
O Sporting esteve longos minutos a jogar com um elemento a menos. Pongolle (ainda) não justifica minimamente o investimento.

Um sumo e uma sande para os jogadores do Sportinguense

Foto
Saleiro e Daniel Carriço são o espelho da desilusão leonina Fernando Veludo/nFactos

Quando Duarte Gomes apitou para o final do jogo, a equipa visitante parecia não ter forças sequer para abandonar o relvado. Saleiro, Pedro Mendes e Grimi aproximaram-se lentamente dos poucos adeptos leoninos e entregaram em mãos as suas camisolas como prémio de presença. As equipas distribuíram os pontos (0-0), cumprimentaram-se com fair-play e voltaram a casa.

Foi isto. Foi um jogo sem história entre uma equipa modesta com a missão (de manutenção) quase cumprida e uma equipa que já foi ambiciosa.

Pongolle foi extremo esquerdo, Adrien, descaído para a direita, fez companhia a João Moutinho, mas a grande novidade do Sporting, hoje, na Mata Real, foi mesmo o novo caderno de encargos. O “objectivo mais tangível”, afirmou “pragmaticamente” o patrão José Bettencourt, é o quarto lugar. Se assim é, voltou a falhar o Sporting, funcionário que não demonstrou capacidades para uma meta tão ambiciosa.

Quem esteve em Paços de Ferreira não teve direito a goleada – em quatro derrotas consecutivas o Sporting sofrera 12 golos –, mas sim a um desafio digno da Liga dos Últimos, sem qualquer tipo de desprimor para o programa de televisão cujos protagonistas são jogadores com poucas condições, mas com muito espírito de sacrifício. Se o Paços de Ferreira não soube render frente aos débeis “leões”, esta noite a equipa de Carlos Carvalhal voltou a mostrar ser uma espécie de “Sportinguense”, com estratégias montadas à pressão, com atletas amadores que parecem ter uma âncora presa a cada pé e com um banco de suplentes nervoso pela presença das câmaras de televisão – e, já agora, com dirigentes que dão uma no cravo e outra na ferradura.

Foi seguramente um dos piores jogos do campeonato. E, já dizia Carvalhal, injusto seria apontar um só responsável. Foi a velha questão dos laterais “sportinguenses” (João Pereira castigou muito a equipa com aquela expulsão), foi a recente questão de Pongolle, um elemento que ainda só ocupa espaço. Foi sobretudo uma nuvem escura que pairou sobre os jogadores do Sporting, incapazes de reagir a uma série penosa de resultados e de exibições.

Houve alguns lances dignos de registo. O cruzamento de Di Paulo desviado para o poste (41’) ou o cabeceamento de Liedson para defesa de Coelho (45’). E aquele desfecho radical que podia muito bem ter trazido injustiça ao resultado e a vitória ao Sporting. Já Duarte Gomes olhava para o relógio (90’+4’) quando a pequena área do Paços se transformou numa mesa de pingue-pongue. Só mais uns segundos para Matías, enquadrado, atirar ao lado e receber o galardão Capitão Moura.

Ficha de jogo

P. Ferreira, 0


Sporting, 0


Jogo no Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira. Assistência
cerca de 2000 espectadores.

P. Ferreira

Coelho 6, Baiano 6, Ozeia 6, Ricardo 6, Danielson 5, Filipe Anunciação 5, Leonel Olímpio 5, Manuel José 5 (Candeias 5, 58’), Maykon 6 (Pizzi 6, 80’), Bruno 5 (André Leão 5, 74’) e William 5.

Sporting

Rui Patrício 5, Abel 4, Tonel 5, Carriço 6, Grimi 4, Adrien 4 (Djaló 4,69’), Pedro Mendes 5, João Moutinho 6, Pongolle 4 (Matías Fernandez 4, 54’), Liedson 5 e Saleiro 5.

Árbitro

Duarte Gomes 6, de Lisboa.


Amarelos

Liedson (24’) e Ozéia (83’).

Notícia actualizada às 23h06
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