Prémios Autores distinguem “Morrer como um homem”, a Casa das Histórias e Lobo Antunes

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Lobo Antunes foi distinguido pelo seu último romance Luís Ramos

A primeira edição dos Prémios Autores, promovidos pela RTP e pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), distinguiu na noite de segunda-feira “Morrer como um homem”, de João Pedro Rodrigues (Melhor Filme), a Casa das Histórias (Melhor Exposição de Artes Visuais) e “Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar”, de António Lobo Antunes (Melhor Ficção Narrativa). Os Gato Fedorento, João Lagarto ou a coreógrafa Madalena Victorino foram outros dos premiados.

No Centro Cultural de Belém e numa cerimónia transmitida em directo na RTP1, foram também entregues os prémios SPA/RTP já conhecidos de antemão: o pintor Júlio Pomar foi distinguido com o prémio Vida e Obra e a Câmara de Cascais teve o prémio de Melhor Programação Cultural Autárquica – com destaque para o Estoril Film Festival e a Casa das Histórias, que reúne obras de Paula Rego.

No cinema, além do filme de João Pedro Rodrigues, foi distinguida Margarida Carvalho (Melhor Actriz) por “Veneno Cura”, de Raquel Freire, e João Lagarto foi o Melhor Actor em “4 Copas”.

O júri da categoria Literatura distinguiu ainda o Melhor Livro de Poesia, “A Luz Fraterna”, de António Osório, e o Melhor Livro de Literatura Infanto-Juvenil, “O Tubarão na Banheira”, de David Machado.

As artes de palco viram premiados Madalena Victorino, pela Melhor Coreografia de Dança em “Vale”, bem como a peça de teatro “A Orelha de Deus”, encenada por Cristina Carvalhal, o Melhor Espetáculo. Sílvia Filipe foi premiada como Melhor Atriz por três peças: “Esta Noite Improvisa-se”, “Huis Clos” e “O Peso das Razões”. O congénere masculino é Henrique Feist, por “Máquina de Somar”.

O júri de Música considerou “Margarida”, de Cristina Branco, a Melhor Canção e premiou ainda o Melhor Disco, “Space Grace” de Dénnis González e João Paulo, e “Música Portuguesa para um Quarteto”, do Quarteto Lopes-Graça, como Melhor Trabalho de Música Erudita.

Eduardo Gageiro é o autor do Melhor Trabalho de Fotografia com a “Grande Retrospectiva” e “Crucificado”, de Rui Francisco, foi o Melhor Trabalho Cenográfico.

Na TV, a RTP teve uma dupla vitória com Joaquim Furtado a assinar o Melhor Programa de Informação na segunda temporada de “A Guerra” (RTP) e a adaptação “Conta-me como Foi” a receber o prémio de Melhor Programa de Ficção. A SIC entra em cena com o de Melhor Programa de Entretenimento de 2009, “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”. Na Rádio, o programa “Encontros com o Património”, de Manuel Vilas-Boas, foi escolhido como o Melhor Programa.

Os Prémios Autores são uma iniciativa da SPA acolhida pela RTP para sublinhar a importância das obras de autor num momento em que “a propriedade intelectual é posta em perigo e o governos e as pessoas, por desconhecimento, não se importam”, como disse em Janeiro João Lourenço, encenador e administrador adjunto da SPA. Cada categoria tem um júri de três elementos.

Os nomeados nas diferentes categoriasCinema

Júri


Jorge Leitão Ramos


Rui Pedro Tendinha


António Loja Neves


Melhor Filme

Um Amor de Perdição (Mário Barroso)


Morrer como um homem (João Pedro Rodrigues)


Ne Change Rien (Pedro Costa)


Melhor actriz

Margarida Carvalho (veneno cura)


Catarina Wallenstein (Um amor de Perdição)


Ana Moreira (A corte do Norte)


Melhor actor

João Lagarto (4 copas)


Rui Morrison (Os sorrisos do destino)


Fernando Santos (Morrer como um homem)


Rádio

Júri


Mário Figueiredo


João David Nunes


Paulo Sérgio


Melhor programa

Pessoal e Transmissível (Carlos Vaz Marques - TSF)


Encontros com o Património (Manuel Vilas-Boas - TSF)


Em nome do ouvinte (Adelino Gomes – Antena 1)


DançaJúri

Cláudia Galhós


Maria José Fazenda


Daniel Tércio


Melhor coreografia

Talk Show (Rui Horta)


Void (Clara Andermatt)


Vale (Madalena Victorino)


Música

Júri


Rui Tentúgal


Viriato Teles


Olga Prats


Melhor Canção

Se esta rua fosse (Tasca Beat – O sonho português – O’Questrada)


Margarida – ( Kronus - Cristina Branco)


Tempo para cantar – (B Fachada – B Fachada)


Melhor Disco

Space Grasse (Dennis González e João Paulo)


Solo II (António Pinho Vargas)


Luminismo (Ricardo Rocha)


Melhor trabalho de música erudita

Música portuguesa para um quarteto – Quarteto Lopes Graça (obras de Lopes-Graça e António Vitorino de Almeida)


Música contemporânea para piano – Três compositores algarvios (João Luís Rosa, obras de Joaquim Galvão, Cristóvão Silva e Tiago Cutileiro)


Missa Grande (Coro de Câmara de Lisboa, dirigido por Teresa Gutiérrez, obras de Marcos Portugal)


Literatura

Júri


Pedro Mexia


Rita Pimenta


Annabela Rita


Melhor livro de ficção narrativa

Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar (António Lobo Antunes)


Deixem passar o homem invisível (Rui Cardoso Martins)


A ministra (Miguel Real)


Melhor livro de poesia

A luz fraterna (António Osório)


Ofício Cantante (Poesia completa de Herberto Hélder)


Últimos poemas (Nuno Rocha Morais – título póstumo)


Melhor livro de literatura infanto-juvenil

O tubarão na banheira (David Machado)


Azul bleu Bleu (Eugénio Roda)


O gato de Uppsala (Cristina Carvalho)


Teatro

Júri


Eugénia Vasques


Mónica Guerreiro


Rita Martins


Melhor espectáculo

A orelha de Deus (Cristina Carvalhal)


Ego (João Pedro Vaz)


Demo (Teatro de Praga)


Melhor actriz

Custódia gallego (O Vulcão e A casa de Bernarda Alba)


Tânia Alves (Querida professora Helena Sergueievna)


Sílvia Filipe (Esta Noite improvisa-se, Huis Clos e O Peso das razões)


Melhor actor

Virgílio Castelo (O camareiro)


Gonçalo Waddington (Ego)


Henrique Feist (Máquina de somar)


Televisão

Júri


António Loja Neves


Jorge Leitão Ramos


José Nuno Martins


Melhor programa de informação

Jornal das 9 (SIC Notícias)


A Guerra (2ª série) (RTP)


Câmara Clara (RTP)


Melhor programa de ficção

Equador (TVI)


Conta-me como foi (RTP)


Pai à Força (RTP)


Melhor programa de entretenimento

Os contemporâneos (RTP)


Gato Fedorento esmiúça os sufrágios (SIC)


5 para a Meia-Noite (RTP)


Artes Visuais

Júri


Fernando Filipe


João Raul


António Casimiro


Melhor exposição de artes plásticas

Anos 70 – Atravessar fronteiras (Fundação Calouste Gulbenkian)


Casa das Histórias (Paula Rego)


Imagens das palavras (João Vieira – a título póstumo)


Melhor trabalho de fotografia

Potenciais interstícios (José Miguel Soares e Alexandre Marques)


Grande Retrospectiva (Edua


rdo Gageiro)Surrealismo (André Boto)


Melhor Trabalho cenográfico

Crucificado (Rui Francisco)


Longa Jornada para a noite (José Manuel Castanheira)


Mansarda (André Braga, Carlos Pinheiro, Nuno Guedes e Américo Castanheira)


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