“Expresso” e “Diário Económico” adoptam novo acordo ortográfico “nos próximos meses

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os media portugueses estão gradualmente a estudar a adopção das novas regras ortográficas Enric Vives Rubio

Os jornais "Expresso" e "Diário Económico" vão adoptar nos próximos meses as normas do Acordo Ortográfico, à semelhança do que a agência Lusa começou a fazer hoje, disseram os directores destes títulos.

“Faz sentido a comunicação social portuguesa adoptar o Acordo Ortográfico. O Expresso vai, seguramente, adoptá-lo e só ainda não o fez porque temos alguns problemas técnicos relacionados com o sistema editorial e com o corretor ortográfico que estamos neste momento a tentar superar”, disse à Lusa o director do semanário, Henrique Monteiro.

O director do Expresso prevê, no entanto, que “seja uma questão de meses” até que o jornal adopte as normas do Acordo Ortográfico.

“A única coisa que precisamos é ter a certeza que as ferramentas existem, dar uma pequena formação aos jornalistas e aos “copy desk” [asseguram a revisão dos textos dos jornalistas] e avançar”, disse Henrique Monteiro, explicando que “a parte mais complicada é a adaptação do sistema editorial”.

O Diário Económico (DE), que “tem um jornal irmão no Brasil, o Brasil Económico”, deverá adoptar o Acordo Ortográfico “até ao final do primeiro trimestre”, disse à Lusa o director, António Costa.

“A introdução das novas regras ortográficas vai diminuir muito as diferenças que existem hoje em termos de escrita entre o DE e o Brasil Económico, o que só potencia o DE no mercado brasileiro e o Brasil Económico no mercado português”, realçou António Costa.

O DE já “tem instalado o sistema informático necessário à adaptação às novas regras”, disse António Costa, explicando que o jornal “só não avança já” para o Acordo Ortográfico, porque considera que o processo deve ser “discutido com a redacção”.

“Deve haver uma base de formação para preparar os jornalistas para as novas regras. Vai ser necessário um trabalho de adaptação, para que o leitor se adapte à nova grafia”, considerou.

“O país não pode fechar-se em si mesmo. Não faz sentido vivermos de costas para o que é hoje o centro da Lusofonia, que é o Brasil”, defendeu, salientando que o facto de a agência Lusa ter adoptado o Acordo Ortográfico é um “contributo importante para os jornais e outros órgão de comunicação social avançarem”.

O PÚBLICO decidiu não avançar para já com o novo acordo ortográfico.

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