Pais pedem acordo entre Governo e sindicatos para devolver “tranquilidade” às escolas

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As confederações acreditam que um acordo poderá contribuir para o aumento do sucesso educativo dos alunos Enric Vives-Rubio

No entanto, enquanto a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) afirma que existem “boas condições” para um acordo entre Governo e sindicatos, a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) vê difícil um consenso já hoje.

As duas confederações de pais e encarregados de educação antecipam assim a última ronda negocial entre Ministério da Educação e sindicatos de professores, depois do Governo ter apresentado segunda-feira uma proposta final de “acordo de princípios”.

“Consideramos que existem boas condições para se chegar a um acordo e é isso que desejamos, para que a tranquilidade regresse às escolas e os professores se concentrem no trabalho na sala de aula”, afirma o presidente da CONFAP, Albino Almeida, em declarações à Agência Lusa.

O responsável sublinha que o Governo tem procurado, durante o processo negocial, ir ao encontro das questões que mais preocupavam os sindicatos, como a divisão da carreira.

Já a presidente da CNIPE, Maria José Viseu, manifesta o desejo de que seja alcançado um “consenso”, de forma a devolver a paz às escolas, o que poderá contribuir para o aumento do sucesso educativo dos alunos.

No entanto, considera “prematuro” que o acordo seja alcançado já hoje, sobretudo tendo em conta as reacções dos sindicatos à proposta final da tutela. “Tudo indica que não há ainda condições para se estabelecer um acordo”, afirma.

Governo e sindicatos realizam hoje a última ronda negocial de revisão do Estatuto da Carreira Docente e do modelo de avaliação de desempenho, mas é provável que as estruturas representativas de professores solicitem a negociação suplementar.