Os terrenos do antigo complexo industrial da empresa falida Estaco, na Pedrulha, Coimbra, estão à venda, por negociação particular, até 11 de Janeiro de 2010, pelo valor de referência de 11.946.600,00 euros.

Segundo o anúncio, que está a ser publicitado desde o passado dia 17, os terrenos têm uma área global de cerca de 60 mil metros quadrados, da qual cerca de metade é passível de construção, disse hoje à agência Lusa o dirigente sindical Jorge Vicente.

O estudo prévio do Plano de Pormenor da Estaco e Zona Envolvente, aprovado em Abril pela Câmara de Coimbra, permite a instalação naquela área de equipamentos, construção, actividades terciárias e empresas e hotelaria, entre outras valências.

"É uma zona que fica muito bem servida em termos de acessibilidades", disse Jorge Vicente, aludindo, nomeadamente, à sua proximidade da futura nova estação central de Coimbra e às intervenções previstas no âmbito do projectado anel (viário) da Pedrulha.

No relatório preliminar do estudo prévio do plano de pormenor, que abrange cerca de 40 hectares, lê-se que "os estudos para o traçado RAVE (Rede de Alta Velocidade), a possibilidade da nova travessia do Mondego e a proximidade da futura gare intermodal ao anel da Pedrulha e ao limite deste plano de pormenor, podem corresponder a uma oportunidade única de renovação desta área".

"Em situações semelhantes, em torno das grandes estações, surgem usos complementares ditados pelo mercado, como sejam a logística, a hotelaria, as actividades empresariais e o terciário", adianta.

A Estaco fechou em 2001, tendo na altura cerca de 230 trabalhadores. Laborou durante mais de 70 anos e chegou a empregar mais de mil trabalhadores. Os mais de 400 antigos trabalhadores e reformados da empresa têm a receber créditos de cerca de 6,5 milhões de euros.