Refer: requalificação da Linha do Douro não evita derrocadas

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Segundo a Refer, os trabalhos não permitem nenhuma previsão quanto ao seu restabelecimento PÚBLICO

"A intervenção global anunciada para a linha do Douro prende-se com a infra-estruturas de mobilidade e melhorias na circulação mas nada nos garante que venham a evitar derrocadas como esta", disse à Lusa fonte da empresa.

O Governo anunciou no passado mês de Setembro um projecto global de investimentos para a mobilidade no Douro de cerca de 400 milhões de euros, destinado à revitalização de toda a linha férrea do Douro, arranjos das margens e construção do futuro terminal de cruzeiros de Leixões.

"A linha do Douro tem condições muito particulares, que são uma contingência e que temos de viver com elas”, pelo que, “ não se pode obviar derrocadas que se prendem muito com as condições climatéricas adversas", refere a mesma fonte.

"Nós fazemos inspecções periódicas, e temos sistemas que nos permitem verificar os taludes e as rochas, mas neste caso, não há nada que nos possa anunciar este tipo de derrocadas", acrescenta.

Segundo a Refer, os trabalhos que estão a decorrer não permitem, "para já, nenhuma previsão quanto ao seu restabelecimento, nem dos custos de reparação".

"Todos os trabalhos para aquele local têm de ser mobilizados via ferrovia, o que complica bastante, para além das dificuldades de comunicações móveis", explica a Refer sobre o ponto de situação, que "só pode ser feito no final de cada dia".

Recentemente o Governo celebrou igualmente um compromisso com cinco instituições públicas para definir uma estratégia de reabilitação do troço entre Pocinho e Barca d’Alva e a exploração turística entre a Régua e a fronteira.