O presidente da CP, José Cardoso dos Reis, afirmou à agência Lusa que conjuntamente com os autocarros, já disponíveis desde domingo, a empresa juntou hoje o transporte alternativo em táxi para os apeadeiros com acessos “mais exíguos”, como Freixo de Numão, Vesúvio, Ferradosa e Alegria.

Segundo o responsável, o único apeadeiro que não está a ser servido é o de Vargelas, porque se situa num local de muito difícil acesso e dentro de uma propriedade privada.

Os cerca de 30 quilómetros de via-férrea, que se faziam em cerca de 40 minutos, terão agora que ser feito por estrada, numa viagem de cerca de 113 quilómetros com uma duração média de percurso de uma hora e meia.

Porque o transporte por comboio era mais rápido, a CP está a proceder à adaptação dos horários dos comboios, que terão que esperar pelos passageiros que viajam no autocarro desde o Pocinho até à Estação do Tua. “Portanto hoje teremos o ponto da situação final, acertaremos os horários dos comboios com os autocarros e com os táxis e penso que amanhã [terça-feira] teremos uma situação de normalidade em termos alternativos”, afirmou. Ou seja, a partida do Tua para o Porto terá que ser reprogramada, sofrendo algum atraso.

José Cardoso dos Reis reconheceu algumas dificuldades de adaptação à situação no período inicial, mas garantiu que, a partir de terça-feira, o transporte alternativo se fará com toda a normalidade.

No dia de Natal, sexta-feira, pedras de enorme dimensão caíram sobre a linha do Douro, a cerca de três quilómetros da Estação do Tua, obstruindo-a por completo e danificando “entre vinte e trinta metros de linha”. Desde esse dia, que a Refer possui uma equipa a trabalhar no local. Na origem do desabamento terá estado a chuva intensa que caiu na região na semana passada.

Fonte da Refer disse hoje à Lusa que ainda não há previsões de quando a circulação ferroviária será retomada na Linha do Douro, entre estações de Foz-Tua, em Carrazeda de Ansiães, e Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa.