Consumo de cimento com forte descida em Portugal desde 2002

Esta tendência negativa mantém-se desde 2002, devido à crise com que se defrontam as construtoras desde há vários anos, e que se traduziu numa descida homóloga de 11 por cento na construção até Setembro passado.

Já em 2008, o consumo de cimento foi de 7,3 milhões de toneladas de cimento, o que se traduziu numa descida de 7,5 por cento face ao ano anterior, segundo dados das cimenteiras. E se até 2002 era necessário importar matéria-prima para satisfazer "um mercado muito aquecido", hoje em dia "a produção chega, sem dúvida", para as necessidades nacionais, constata o presidente da Fepicop.

Com efeito, entre 2003 e 2009, a actividade de construção diminuiu cerca de 30 por cento. E as perspectivas para 2010 também são "muito negativas", ainda para mais marcadas pela indefinição quanto às novas auto-estradas, devido à recusa de visto prévio pelo Tribunal de Contas.

Portugal não é, todavia, o único país com uma quebra nas vendas de cimento e na construção, uma vez que a crise financeira afecta a actividade desta indústria nos países desenvolvidos. Brasil, Índia e outras economias em desenvolvimento são hoje a grande aposta. O mercado português é dominado pela Cimpor e pela Secil, com a primeira a representar cerca de 60 por cento da produção e uma quota de mercado semelhante no que respeita às vendas de cimento.Inês Sequeira

Pedrosa Gomes lembra que, ao contrário do que já aconteceu no passado, hoje, a produção de cimento é suficiente

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