Aguiar Branco não subscreve convocação de congresso, mas não vê “problema”
De acordo com a edição de hoje do semanário “Sol”, Pedro Santana Lopes vai reunir as 2500 assinaturas de militantes do PSD necessárias para a convocação de um congresso extraordinário, que pretende que aconteça antes das próximas eleições directas.
Questionado se concorda com a realização de um congresso extraordinário antes das directas, Aguiar-Branco respondeu: "A minha principal preocupação é com o grupo parlamentar, que exerça a função que tem exercido, de ser um referencial de estabilidade, e faça uma fiscalização correcta ao Governo. Se os militantes entenderem que deve haver um congresso, não vejo problema nenhum que isso aconteça".
"Os militantes são soberanos e, se essa situação se colocar, é com naturalidade que devemos respeitar a vontade dos militantes e, portanto, não há problema nenhum. A vontade dos militantes é soberana", acrescentou. Interrogado se poderá assinar essa convocatória, o líder parlamentar do PSD declarou: "Não, eu não subscrevo uma convocatória de um congresso, isso não".
Questionado se a realização de um congresso extraordinário condicionaria a possibilidade de ser candidato à liderança do PSD, Aguiar Branco lembrou que "quanto à liderança do partido já existe uma deliberação do Conselho Nacional no sentido de que essa matéria só deve ser discutida após a discussão do Orçamento do Estado". "Não devemos antecipar uma discussão que só deve acontecer, conforme foi deliberado no Conselho Nacional, depois da discussão do Orçamento do Estado", acrescentou.
Quanto ao calendário de um eventual congresso extraordinário, segundo o dirigente social-democrata, "isso só pode acontecer depois do Orçamento, até pelo prazo de convocação".
No seu artigo de opinião, Pedro Santana Lopes lembra que para convocar um Congresso do PSD são precisas, pelo menos, 2500 assinaturas: "É fácil e vou desencadear esse processo. Penso que tenho essa obrigação, eu que já tanto me envolvi em tantos congressos deste partido de cor laranja".