Supremo Tribunal anula amnistia ao Presidente do Paquistão
A amnistia tinha sido introduzida em 2007, pelo então Presidente Pervez Musharraf, para permitir o regresso ao país da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto (mulher de Zardari, assassinada no final desse ano), num plano de partilha do poder encorajado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.
Com a decisão do Supremo, os problemas com a justiça de Zardari podem ser reanimados, distraindo-o da governação e, em especial, da campanha contra os taliban, que é o que mais interessa aos EUA, no âmbito dos seus esforços para estabilizar o vizinho Afeganistão.
O Partido do Povo do Paquistão (PPP), de Zardari, rejeitou a decisão do Supremo, e um porta-voz garantiu que nem se coloca a possibilidade de o Presidente, eleito após a morte de Bhutto, se demitir. “O PPP já enfrentou desafios no passado e pode enfrentar desafios no futuro. O PPP não está preocupado, e a sua liderança também não”, disse o porta-voz presidencial Farhatullah Baba, citado pela Reuters.
Zardari nunca foi condenado, mas passou 11 anos na prisão. Diz que as acusações contra si têm motivações políticas. Mas o seu Governo é hoje bastante impopular, e é visto como fraco face à rebelião taliban. A decisão so Supremo não o ajuda.