EMEL vai lançar parquímetros portáteis e estacionamento pago através do telemóvel
Esta medida insere-se numa política de diversificação dos meios de pagamento do estacionamento, que ao longo dos anos as diferentes administrações da empresa foram assumindo como sendo necessária (desde logo para combater a vandalização dos parquímetros), embora esse reconhecimento tenha tido até agora poucos ou nenhuns efeitos práticos. Actualmente, os parquímetros e os títulos pré-comprados, conhecidos como raspadinhas, são os únicos meios de pagamento disponíveis.
Os primeiros 200 parquímetros portáteis vão ser colocados à venda em Janeiro, na loja e nos parques de estacionamento da EMEL, prevendo-se para uma segunda fase o alargamento da rede de vendas e do número de aparelhos disponíveis. Diogo Homem, da área de marketing e comunicação da empresa, explica que o dispositivo vai custar cerca de 30 euros, incluindo um cartão já carregado com esse mesmo valor.
O presidente da EMEL, António Almeida, defendeu, em declarações à Lusa, que este sistema "será muito benéfico para a empresa e para o utente, porque deixam de existir as situações em que o utente ou paga menos tempo do que fica estacionado ou paga a mais". A comodidade é outra das vantagens apontadas pela empresa, já que os utilizadores dos parquímetros portáteis não terão de abandonar os seus automóveis para fazer os pagamentos.
ExperiênciasA tecnologia foi importada de Israel e, segundo Diogo Homem, já está em campo aí e em diferentes países do Norte da Europa. No caso de Lisboa, o sistema começou a ser testado por 200 pessoas em Setembro, tendo deste então sofrido "alguns ajustes de pormenor", explicou a mesma fonte.
Outra novidade que a EMEL pretende introduzir "no primeiro trimestre" do próximo ano, adiantou Diogo Homem ao PÚBLICO, é o pagamento através do telemóvel. De acordo com este responsável, não é ainda certo se essa modalidade será disponibilizada por chamada telefónica ou envio de mensagem escrita, estando neste momento a ser estudada qual a melhor solução.
Um outro projecto que a empresa vai lançar em "Janeiro ou Fevereiro" é um serviço de transporte de crianças, entre um conjunto de parques de estacionamento já existentes nos limites de Lisboa e as escolas. A ideia, como explicou o presidente da EMEL, é que os pais deixem os seus carros nesses parques, entreguem os seus filhos ao cuidado de uma empresa especializada (no caso a Easy-Bus) e viajem em transportes públicos até aos seus locais de trabalho, "reduzindo as deslocações dentro da cidade".