Martim deverá ser entregue à família paterna, mas decisão do Tribunal é provisória

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Ana Rita Leonardo viu o seu filho Martim ficar numa instituição em Carcavelos em Julho Pedro Cunha

“Tudo aponta para que o bebé fique confiado aos cuidados dos avós paternos, que têm mais condições do que a família materna”, afirmou Isilda Pegado à agência Lusa, sublinhando, no entanto, que a decisão que o Tribunal de Cascais irá tomar na conferência de quarta-feira é provisória.

A advogada de Ana Rita Leonardo e Paulo Matos, pais de Martim, realçou ainda que “as coisas estão bem encaminhas e que a Ana Rita poderá ver o filho todos os dias, sempre que quiser”.

Depois de, no domingo, a mãe de Martim ter revelado à Lusa que o seu filho iria ser entregue aos cuidados da família paterna, por indicação do relatório enviado pela instituição onde se encontra a criança, Isilda Pegado disse não ter conhecimentos sobre o conteúdo do relatório.

No entanto, a advogada adiantou que “tem sido feito um bom trabalho de acompanhamento do Martim” e que a família paterna tem mais estabilidade para acolher a criança, “até porque a Ana Rita precisa de estudar”.

Contactada pela Lusa, a instituição onde se encontra o Martim não confirmou as afirmações proferidas por Ana Rita, alegando que “o conteúdo do relatório é estritamente confidencial”.

No entanto, a directora daquela entidade adiantou que “o trabalho que a associação faz é sempre em articulação com a segurança social, pais e advogada”, remetendo mais esclarecimentos para quarta-feira.

Desde Julho que o Martim, de quase três anos, se encontra numa instituição em Carcavelos, depois de o Tribunal de Menores de Cascais ter suspendido o processo da adopção da criança e ordenado a reavaliação do caso, anunciando ainda a retoma de visitas ao menino.

Ana Rita Leonardo acampou durante 11 dias à porta do Tribunal de Cascais, incluindo um período em greve de fome, em protesto contra a decisão judicial que considerou o seu filho adoptável e que, mais tarde, viria a ser suspensa.