Associação de Bares quer sistema de videovigilância 24 horas na Ribeira do Porto

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O sistema funciona apenas durante a madrugada, segundo a autorização da Comissão de Protecção de Dados Gonçalo Santos

Segundo o presidente da associação, António Fonseca, não faz sentido que um equipamento instalado apenas grave imagens das 21h00 às 07h00. “O equipamento tem custos 24 horas, não apenas durante a madrugada”, disse, acrescentando que “haverá mais vantagens” com o alargamento do horário das gravações das imagens.

O sistema funciona apenas durante a madrugada, de acordo com a autorização que foi dada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados. A licença, que impede a audição ou gravação de sons, tem validade para um ano desde a entrada em funcionamento efectivo das câmaras. A funcionar desde 9 de Setembro na Ribeira do Porto, o sistema de videovigilância conta com 14 câmaras instaladas em diferentes pontos daquela zona da cidade.

Para António Fonseca, é durante o dia que há uma maior afluência à zona, fazendo, por isso, muito mais sentido que o sistema esteja a gravar durante esse período. Fazendo um balanço do primeiro trimestre de funcionamento deste sistema, António Fonseca referiu que, comparativamente a igual período do ano passado, “há um maior afluxo de frequentadores da zona”. “Por coincidência ou não, a verdade é que há mais pessoas a frequentar a zona este ano”, disse.

O responsável salientou, ainda, a boa aceitação por parte da comunidade local do sistema. No seu entender, o facto das câmaras estarem ali instaladas é, por si só, uma medida dissuasora de crimes.

Contactado pela Lusa, o comissário da PSP do Porto Tiago Gonçalves afirmou ser ainda prematuro fazer uma avaliação correcta sobre o funcionamento do sistema, uma vez que, oficialmente, a videovigilância apenas começou a funcionar a 1 de Novembro. “Serão feitas avaliações periódicas de três em três meses”, disse, “e serão feitas comparações com os anos anteriores”.

Questionado se concorda com o alargamento do horário das gravações para todo o dia, Tiago Gonçalves disse que, sendo a Ribeira a zona turística da cidade por excelência, “seria mais relevante” que as gravações ocorressem no período em que há mais pessoas na rua.

A associação vai agora tentar junto da Câmara do Porto passar a ideia do alargamento do horário das gravações, para que seja a autarquia a requerer ao ministério da Administração Interna esse pedido.