Julgamento de Gonçalo Amaral adiado devido a ausência do seu advogado

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Julgamento foi adiado para Janeiro Filipe Casaca

Para além de Gonçalo Amaral e dos pais de Madeleine, esteve também presente o inspector da Polícia Judiciária (PJ) Tavares de Almeida, testemunha indicada por Gonçalo Amaral. As restantes cinco, entre as quais Francisco Moita Flores, não compareceram.
As sessões do julgamento ficaram marcadas para os dias 12, 13 e 14 de Janeiro, na 7ª vara do Tribunal Cível de Lisboa, no Palácio da Justiça.

À saída do Tribunal Cível de Lisboa, Gonçalo Amaral recusou-se a prestar declarações aos jornalistas britânicos presentes alegando a “campanha de difamação” levada a cabo contra a sua pessoa pela “maior parte” da imprensa inglesa. Questionado acerca da eventual conveniência deste adiamento para a sua defesa, Amaral esclarece: “Não estou por trás do vírus da Gripe A certamente, por essa não me conseguem culpar”. Relativamente ao processo em si o ex-inspector da Polícia Judiciária refere: “Está aqui em causa, não só um ataque à liberdade de expressão, mas também um ataque à minha pessoa, uma campanha de difamação”.

Na mesma ocasião, o casal McCann referiu não estar desapontado com a decisão de adiamento do julgamento. “O processo vai continuar”, reafirmaram. "Liberdade de expressão não deve incluir distorção da verdade, mentiras e invenções", comentou Kate McCann. “Estamos aqui para lutar pela nossa filha. Somos totalmente a favor da liberdade de expressão mas todos os que ultrapassem os limites têm de estar preparado para se defender em tribunal", referiu Gerry. O casal não deu certezas relativamente à sua presença nas sessões marcadas para Janeiro. "A procura pela nossa filha continua, existem pessoas à sua procura, continuamos a pedir às pessoas que a procurem. Existe uma criança inocente desaparecida e é por isso que estamos aqui", rematou o pai de Maddie.
Presentes esta manhã à porta do tribunal estavam também membros do movimento Cidadãos pela Defesa dos Direitos e Liberdades - Projecto Justiça Gonçalo Amaral. Um movimento que se diz "completamente independente" do ex-inspector que em como mote "recuperar o espírito do 25 de Abril", nas palavras do seu porta-voz Luis Arriaga e que distribuía simbolicamente cravos vermelhos aos que iam entrando e saindo do edifício.

Notícia actualizada às 13h28
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