EUA: manual de segurança em aeroportos colocado online por engano

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A TSA reforçou drasticamente o controlo aos passageiros nos aeroportos americanos depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001 Eric Thayer

O documento, um manual de 93 páginas cuja presença online foi denunciada pelos media, oferece detalhes acerca da maneira como é efectuado o controlo dos passageiros e das suas bagagens, nomeadamente acerca do funcionamento dos aparelhos de raio-X e dos detectores de explosivos.

O documento colocado online contém igualmente digitalizações dos passes de livre circulação utilizados pelos membros do Congresso e por agentes da CIA quando viajam. O manual identifica igualmente os 12 países cujos cidadãos devem ser rigorosamente revistados.

A TSA reconheceu que o documento foi colocado online por engano e já abriu um inquérito interno, mas apressou-se a dizer que o manual em questão nunca chegou a ser aplicado. A agência frisa que entretanto houve “seis novas versões do documento desde que aquele foi elaborado”.

Os procedimentos de segurança “mudam regularmente à medida que vamos recebendo informações acerca de novas ameaças e que vamos encontrando melhores maneiras de apurar a segurança”, explica a TSA, que depende do ministério americano da Segurança Interior.

Mas os congressistas americanos lamentam a fuga de informação e exigem conhecer rapidamente os resultados do inquérito interno.

A senadora republicana Susan Collins revelou que o documento poderá permitir a terroristas aprenderem a falsificar papéis oficiais. “Trata-se de uma falha de segurança muito grave”, insurgiu-se por seu lado o senador independente Joe Lieberman, presidente da comissão da Segurança Interna, questionando-se como é que semelhante documento poderá ter ficado disponível online durante meses.

David Heyman, um alto responsável do departamento de Segurança Interna, indicou aos parlamentares que diversos funcionários da TSA já foram suspensos das suas funções em resultado dos dados recolhidos até ao momento.

A TSA reforçou drasticamente o controlo aos passageiros nos aeroportos americanos depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

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