George Soros descobriu no FMI cem mil milhões de dólares que podem salvar Copenhaga

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Soros anunciou que quer investir mil milhões de dólares Bob Strong/Reuters

Soros pediu aos 192 governos presentes na conferência para ouvirem a sua proposta, segundo a qual a solução está no Fundo Monetário Internacional (FMI). O empresário propôs que os países desenvolvidos abdiquem de parte do montante que, em Agosto, o FMI lhes colocou à disposição para combaterem a recessão e o transformem em empréstimos “verdes”. Estes poderão ser investidos em projectos para redução de emissões nos países pobres. O montante, no valor de cem mil milhões de dólares (67,9 mil milhões de euros) a ser gasto na próxima década, deveria ser investido nos sectores da agricultura, floresta e uso do solo porque são os que têm maior potencial de redução de emissões.

Os países em desenvolvimento poderão pagar os juros e, eventualmente, a totalidade do empréstimo. Mas na eventualidade de não conseguirem, o montante seria garantido pelas reservas de ouro do FMI.

Para mostrar que fala a sério, Soros anunciou que quer investir mil milhões de dólares (679 milhões de euros) em activos de baixo carbono.

A abordagem de Soros é diferente das actuais propostas que assentam nas contribuições das contas públicas dos países ricos. “Os Governos dos países desenvolvidos estão a trabalhar com base na ideia errada que o financiamento tem de vir dos seus orçamentos. Mas não é o caso”, acrescentou Soros, citado pelo jornal “The Telegraph”. “Eles já têm esse dinheiro. Está parado nos cofres do FMI”. “Encontrei uma forma de mobilizar reservas que não estão a ser utilizadas”, explicou Soros à margem da conferência de Copenhaga. Assim, disse, a sua proposta tem a vantagem de não causar um agravamento da dívida pública dos países ricos.

As negociações de Copenhaga estão num impasse: os países pobres exigem mais ajudas financeiras do que aquelas que os países ricos estão dispostos a dar para a adaptação às alterações climáticas.

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