Jardim exige 129 milhões para aprovar orçamento

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Presidente da Madeira quer apoio do PSD nacional para fazer face a despesas imediatas de tesouraria Pedro Cunha

Este pedido foi formulado pelo executivo madeirense no âmbito do parecer emitido à proposta de rectificação do orçamento, que será debatida na Assembleia da República a 11 de Dezembro - o mesmo dia em que é votada a revisão à lei das finanças regionais proposta pelo Parlamento madeirense.

Para o conselho regional do PSD, que ontem reuniu no Funchal, esta proposta "não é mais do que a reposição de uma justiça" e um "desafio à coerência" de todos os partidos. Na reunião, durante a qual Alberto João Jardim deu conhecimento das negociações tidas em Lisboa, os conselheiros sociais-democratas repudiaram as "inadmissíveis" declarações do ministro das Finanças, na discussão do programa de governo, em defesa de tal diploma. Tais afirmações, dizem, "revelam um preconceituoso estado de alma".

Embora também dependente da autorização do ministro Teixeira dos Santos, a Madeira inscreveu na sua proposta de orçamento para 2010 um empréstimo de 230 milhões de euros, para pagar dívidas em atraso a fornecedores, amortizar um anterior empréstimo e comparticipar investimentos apoiados pela União Europeia. Mas para fazer face a imediatas dificuldades de tesouraria, o executivo de Jardim poderá ainda a ser forçado a contrair outro empréstimo a curto prazo para cobrir os salários e o subsídio natalício dos funcionários da administração pública regional.

O conselho regional do PSD expressou também a "profunda preocupação com a situação" do partido no continente, que "paga assim o preço de, em devido tempo, não ter aceite a proposta de unidade apresentada a partir desta região", uma referência à pouca adesão à disponibilidade de Jardim para assumir a liderança, em vez de Manuela Ferreira Leite. Lamentando que fossem aceites "os líderes que a comunicação social hostil ao PSD lhes ia ditando", o PSD-Madeira repudia a actual conjuntura "na qual não se envolve". E agradece "publicamente a lealdade e a coragem que [Ferreira Leite] assumiu ante os portugueses", ao "não ter receio de dizer a verdade sobre a Madeira, desmentindo assim todas as calúnias vergonhosas levantadas contra a região".

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