A primeira vez que viu Winnie Nomzamo Winnifred Madizikela, Nelson Mandela soube logo que queria casar com ela. Achou-a linda. Cortejou-a e politizou-a, como ele diz. Casaram em 1958 - ele tinha 40 anos, ela 21. Nas quase três décadas em que Mandela esteve preso, Winnie também se tornou ícone da luta de libertação e mais tarde seguiu carreira política. Agora com 72 anos, ainda é idolatrada como "Mãe da Nação" por muitos sul-africanos - o nome ficou-lhe dos anos que dedicou à luta contra o "apartheid". E isto apesar do seu outro lado mais controverso, aquele que a liga a uma suposta traição a Mandela, e a acusações de fraudes no tempo em que liderou a Liga das Mulheres do Congresso Nacional Africano (ANC), e ao sequestro de Stompie Moeketsi, militante de 14 anos acusado de ser um informador e mais tarde encontrado morto. O divórcio chegou em 1996.
Agora, também ela vai ser tema de um filme que começará a ser rodado na África do Sul por Darrell Roodt. A actriz Jennifer Hudson, premiada com um Oscar por "Dreamgirls", está "extremamente honrada" por ter sido escolhida para representar uma mulher "complexa e extraordinária" como Winnie. O argumento será adaptado da biografia de Anne Marie du Preez Bezdrob, "Winnie Mandela: A Life". O filme é financiado por empresas da África do Sul e do Canadá.