Empresas especializadas e bancos centrais investem no ouro, mas a aposta no metal precioso conta também com participação de investidores particulares. Sobretudo, como diz Henrique Moura Simões, 32 anos e gestor de activos da Altavisa, cidadãos norte-americanos "que receiam a perda de poder de compra do dólar". Este especialista em negociar futuros nos mercados financeiros internacionais observa que "os portugueses não têm mostrado grande interesse por investimentos em ouro". "De qualquer forma", acrescenta, "este é um fenómeno mais americano do que europeu." Os futuros do ouro, explica, são cotados na Chicago Mercantile Exchange, com cada contrato de futuros a representar 100 onças de ouro. Investidores particulares que apostam de forma mais sofisticada aplicam o seu dinheiro em exchange traded funds (ETF) como o SPDR Gold, que investe, esclarece Henrique Simões, "directamente na mercadoria e que permite a investidores particulares de todo o mundo investimentos na mercadoria em montantes reduzidos (a partir de sensivelmente 100 dólares, o preço de um unidade do ETF)". É também aqui que investem, em maior volume, grandes hedge funds como o Paulson & Co. Já os investidores particulares menos sofisticados investem sobretudo em moedas de ouro. L.V.