Carlos Sousa queixa-se de estar a ser boicotado no Rali Dakar

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Carlos Sousa está a ser sujeito a restrições por ter tido contrato profissional Enric-Vives Rubio (arquivo)

"Fui fazer uns testes a Marrocos e uma equipa privada, com carros Mitsubishi, convidou-me para participar no Dakar. Gostava muito de defrontar os 'grandes', mas eles parecem incomodados e preferem que eu não apareça", disse hoje Carlos Sousa à Agência Lusa.

Segundo o piloto de Almada, quarto classificado no Dakar de 2003, ainda em África, o seu nome continua numa lista de "notáveis", criada pelas três grandes marcas oficiais - Volkswagen, BMW e Mitsubishi -, o que o sujeita a regras especiais.

"Não faz sentido. Não sou piloto de fábrica há dois anos. Estou perante um obstáculo. Sou o único entre os 80 inscritos a ter este tipo de restrições. Assim, nem consigo chegar perto dos pilotos principais nem acompanhar os privados", continuou Sousa.

As regras aplicadas aos nomes constantes da lista de pilotos com contratos profissionais, elaborada em 2007, incluem a aplicação de um restritor da potência do motor (em cerca de 60 cavalos) e de uma caixa de apenas cinco velocidades, entre outras limitações.

"Não vou disputar um Dakar nestas condições. Estou a tentar que a organização volte atrás porque isto não se justifica. Já falei com algumas equipas que também acham que isto não faz sentido", acrescentou Sousa.

O piloto português admite participar na África Race, entre 27 de Dezembro e 10 de Janeiro e com partida de Portimão, caso os responsáveis do Dakar (Argentina-Chile), entre 01 e 17 de Janeiro, de Buenos Aires a Antufagasta, imponham as referidas restrições.