Comandos distritais da PSP vão ter psicólogos em breve

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A PSP já está a proceder à contratação de pessoal para dar apoio psicológico aos seus agentes Adriano Miranda

Oliveira Pereira respondeu desta forma a um apelo da governadora civil da Guarda, Maria do Carmo Borges, que durante a sessão comemorativa do 125.º aniversário do Comando da PSP local, recordou o suicídio de um agente daquela cidade, em 4 de Outubro, e pediu a colocação de um psicólogo em cada distrito para evitar novos casos.

Maria do Carmo Borges defendeu que a instalação de um psicólogo a nível distrital "deveria fazer parte dos quadros das instituições" de segurança, nomeadamente da PSP e GNR. "Deixava-lhe este repto. Sei que têm psicólogos a nível nacional, mas uma coisa é termos a nível nacional e outra a nível distrital", afirmou a governadora civil, reconhecendo, ainda, que a colocação destes profissionais nos distritos "não deve ficar assim tão dispendioso".

Segundo o director nacional da PSP, a instituição criou um Gabinete de Psicologia centralizado em Lisboa, que "dava apoio pontual a todo o país", mas neste momento também já existe "pessoal psicólogo da PSP" no Porto e em Faro.

"A intenção que tenho é que todos os comandos distritais do país tenham um responsável do Gabinete de Psicologia", disse Oliveira Pereira em declarações aos jornalistas. Segundo o responsável, a medida será para concretizar "a curto prazo", estando já a PSP "a diligenciar a contratação de pessoal" com esse objectivo.

Durante a sessão comemorativa do aniversário da PSP da Guarda, tanto a governadora civil como o comandante distrital, intendente Luís Viana, falaram na necessidade de construção de novas instalações. Maria do Carmo Borges reconheceu que a PSP, que ocupa parte do edifício do Governo Civil e edifícios dispersos pela cidade, "está numa situação de pobreza extrema".

A responsável recordou que em Janeiro de 1999, quando exercia as funções de presidente da câmara, celebrou um protocolo com o ministro da Administração Interna da altura para construção de novas instalações para a PSP e GNR e "passado uma década estamos iguais", os projectos ainda não foram concretizados.

Já o comandante da PSP, Luís Viana, recordou que "a maior e mais antiga ambição" do comando e efectivo policial "prende-se com a necessidade de instalações", porque a instituição "tem instalações dispersas em cinco locais", situação que "origina custos logísticos acrescidos".

Sobre este assunto, o director nacional da PSP adiantou que "o problema estará resolvido a curto prazo", segundo indicações que tem do director do Departamento da Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos, que apontam no sentido da construção de um edifício de raiz.