Recentemente extraditado, ex-agente Alfredo Morais regressa hoje ao Tribunal de Leiria

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O processo Passerelle está relacionado com estabelecimentos de diversão nocturna, nomeadamente com os Clube Passerelle que lhe deram nome. Manuel Roberto (arquivo)

O advogado de Alfredo Morais, Melo Alves, assegurou recentemente que o seu cliente, à semelhança do que fez no primeiro julgamento deste caso, vai prestar declarações ao colectivo de juízes que julga o caso Passerelle.

Alfredo Morais foi detido na Lituânia em Julho no cumprimento de um mandado de detenção e extraditado no dia 07 de Outubro, depois de cumprir uma pena de três meses de prisão por uso de documentos falsos, encontrando-se detido no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

O mandado de detenção foi emitido pelo Tribunal da Boa Hora, Lisboa, que condenou a 30 de Abril o ex-agente da PSP a sete anos de prisão no âmbito do processo Máfia da Noite, relacionado com casas de diversão nocturna.

O antigo agente da PSP, que não esteve presente na leitura do acórdão, foi condenado por dois crimes de extorsão e um de posse ilegal de arma, tendo nesse dia o Tribunal alterado as medidas de coacção para prisão preventiva, considerando existir perigo de fuga.

Segundo o seu advogado, Alfredo Morais aguarda agora em prisão preventiva o recurso do processo Máfia da Noite.

No processo Passerelle, também relacionado com estabelecimentos de diversão nocturna, o antigo agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), alegadamente responsável pela segurança de vários estabelecimentos, foi pronunciado por cerca de 200 crimes, a maioria em co-autoria.

Fraude fiscal, associação criminosa, tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e angariação de mão-de-obra ilegal são alguns dos crimes imputados a Alfredo Morais.

Um outro arguido dos processos Máfia da Noite e Passerelle, Paulo Baptista, continua por localizar.

Paulo Baptista foi condenado a seis anos e três meses de prisão efectiva no processo Máfia da Noite por dois crimes de extorsão e tem também pendente um mandado de detenção.

No Passerelle, este arguido está pronunciado por 186 crimes, a quase totalidade em co-autoria.

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