Alemanha baixa impostos e assume défices durante a próxima legislatura

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Merkel pôs agora de lado grandes reformas fiscais e laborais Vincent Kessler/Reuters

O programa foi apresentado pela chanceler Ângela Merkel no sábado em Berlim e inclui uma baixa dos impostos sobre as empresas e as famílias, num total de 24 mil milhões de euros, medidas que se espera que façam aumentar o crescente défice público alemão, segundo o diário norte-americano “The Wall Street Journal”.

O novo ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, um experiente conservador, disse que o país não vai reduzir a despesa pública enquanto não tiver reemergido com segurança da actual recessão e que não alcançará um orçamento equilibrado durante os próximos quatro anos.

O “Financial Times” titulava hoje em manchete que a Alemanha, até agora muito zelosa do equilíbrio das contas públicas, vai dar prioridade ao crescimento sobre o défice público. A chanceler Merkel disse por seu lado: “Temos de perseguir uma rota de crescimento, de outro modo não poderemos gerar as poupanças necessárias.”

O programa apresentado não prevê grandes reformas fiscais ou laborais, ao contrário do que Merkel e os seus aliados costumavam defender.

Muitos economistas privam que o défice público do próximo ano subisse para cinco por cento do PIB, ou mais, antes das medidas agora anunciadas.

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