Vaclav Klaus diz que Tratado de Lisboa já não pode ser travado

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Vaclav Klaus e a mulher durante uma visita a Lisboa em 2004 Reuters/Marcos Borga

O Presidente da República Checa, Vaclav Klaus, admitiu hoje que o Tratado de Lisboa já não pode ser travado, dando um sinal de que poderá vir a assinar o documento.

Vaclav Klaus, um eurocéptico convicto, é o único chefe de Estado dos Vinte e Sete que ainda não ratificou o Tratado de Lisboa, já aprovado pelo Parlamento de Praga.

Numa entrevista publicada hoje no jornal checo Lidove Noviny, Klaus diz que já não vai ser possível impedir o avanço do tratado, deixando implícito que o aprovará.

“Ao ritmo a que as coisas vão, isto é, muito depressa, já não é possível travar o tratado, nem fazer marcha atrás, mesmo se alguns de nós o desejássemos”, afirmou.

O Presidente checo não indicou uma data e terá de esperar por uma decisão do Tribunal Constitucional checo, que a 27 de Outubro, poucos dias antes do Conselho Europeu de 29 e 30 de Outubro, avaliará uma queixa interposta por vários senadores contra o tratado.

Klaus disse apenas que não esperará pelas eleições inglesas, excepto se estas decorressem “nos próximos dias ou nas próximas semanas”.

Os conservadores de David Cameron, também eurocépticos e favoritos nas próximas legislativas britânicas, admitiram referendar de novo o tratado – já ratificado pelo Reino Unido – caso este ainda não estivesse em vigor quando e se fossem eleitos.

A não ratificação do Tratado por Praga antes das eleições britânicas é o cenário de pesadelo de Bruxelas. Mas as legislativas britânicas são marcadas pelo primeiro-ministro, o trabalhista Gordon Brown, que apenas tem de as convocar até 3 de Julho.

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