Associação “Bem Me Queres” autorizada a fazer mediação na adopção internacional
A partir de agora Portugal passa a ter duas entidades mediadoras em adopção internacional depois de, no final de Setembro, os Ministérios da Justiça e do Trabalho e da Solidariedade Social terem autorizado outra organização - a Emergência Social - a exercer também esta actividade.
A “Bem Me Queres-Associação de Apoio à Adopção de Crianças” é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, constituída em Maio de 2006.
De acordo com os seus estatutos, a “Bem Me Queres” tem por objectivo, entre outros, a mediação da adopção internacional em Portugal como país receptor e propõe-se exercer as actividades de recepção de pretensões de candidatos residentes em Portugal, previamente seleccionados pelo organismo competente, relativas à adopção de crianças residentes no estrangeiro, bem como prestar assessoria e apoio aos candidatos nos procedimentos e na tramitação dos processos que tenham de realizar perante as autoridades competentes, tanto em Portugal como no estrangeiro.
A associação está autorizada a exercer actividade mediadora no sentido de serem adoptadas crianças originárias do Brasil, Bulgária, China, Colômbia, Filipinas e Ucrânia.
Já a Emergência Social, também uma instituição privada sem fins lucrativos e a primeira entidade portuguesa a ser autorizada neste âmbito, vai poder mediar processos de adopção internacional em oito países: Angola, Brasil, Bulgária, Colômbia, Etiópia, Índia, Peru e Polónia.
Isabel Pastor, coordenadora para a adopção do Instituto da Segurança Social, explicou à agência Lusa que, além de apoiar os candidatos no processo de candidatura - acompanhando-os em todas as acções necessárias a desenvolver com os países de origem das crianças -, estas entidades mediadoras podem mesmo ajudar a abrir portas noutros Estados.
Esta autorização, explicou, vai apenas permitir organizar os processos de candidatura e assessorar os candidatos, ficando o processo de selecção das candidaturas a cargo da Segurança Social.
A avaliação dos candidatos à adopção internacional continua a ser feita pela Segurança Social.
Em 2008, apenas 19 portugueses candidataram-se à adopção internacional e 12 crianças estrangeiras foram adoptadas por casais portugueses