UEFA divulga em Novembro maior processo de corrupção "de todos os tempos"
Karl Dhont, comissário para a corrupção da UEFA, assinalou que a União Europeia de Futebol dispõe de "provas sólidas" sobre anomalias em jogos de ligas nacionais e de classificação para a Liga dos Campeões e para a Taça UEFA, em que estão implicados principalmente clubes de Leste, mas também alguns do Ocidente e do Sul europeu. Os indícios de irregularidades, recolhidos em colaboração com a Interpol, apontam para a implicação de um clube belga, disse Dhont à edição digital do diário holandês "Het Algemeen Dagblad". O comissário da UEFA recusou nomear o clube belga envolvido e garantiu que não há clubes holandeses acusados neste processo, embora reconheça que um dos jogos investigados foi o que opôs o NAC Breda ao clube arménio Gandzasar, para a Liga Europa, que os holandeses ganharam por 6-0. O sistema de controlo da UEFA detectou apostas internacionais "suspeitas" sobre o encontro mas não foram encontradas provas concludentes de que a partida "tivesse sido comprada", depois de realizada uma investigação aprofundada às maiores casas de apostas, entre elas a maior da Ásia, explicou Dhont. O jurista belga e comissário da UEFA salientou que todos os países europeus têm de fazer frente a casos de compra de jogos e de corrupção nos últimos anos, "alguns dos quais são provados, enquanto outros nunca vêem a luz do dia". Segundo a edição electrónica do jornal holandês, Dhont garantiu que a UEFA vai tomar "medidas duras" contra as equipas e jogadores comprovadamente implicados em casos de corrupção.