Os portugueses vão poder comprar um Kindle
Jeff Bezos, o fundador da Amazon, anunciou ontem na Califórnia que o Kindle ia ser comercializado para mais de 100 países. A data não terá sido inocente. Falta uma semana para o início da Feira do Livro de Frankfurt, onde os editores de todo o mundo estarão reunidos e a Amazon, que já fez acordos com alguns editores ingleses, certamente tentará fazer com editores de outros países. Os leitores de e-books que até aqui eram comercializados na Europa - de diversas marcas, como o Sony Reader, iLiad, Bookeen, etc - não funcionam com uma ligação sem fios como o Kindle, por isso necessitam de estar ligados a um computador para lá serem descarregados os livros.
Por enquanto, os europeus só poderão encomendar o Kindle através do site norte-americano da Amazon, apesar da empresa ter lojas virtuais sediadas no Reino Unido, em França e na Alemanha. Por isso, em Portugal ao preço-base deste modelo do Kindle (190 euros) serão acrescidas taxas de importação e despesas de envio para a Europa, o que encarecerá o aparelho em 25 a 30 por cento - chegando-se aos 245 euros.
Em Portugal, o aparelho funcionará através da rede 3G e será possível descarregar para o Kindle (em qualquer lugar onde esta rede tenha cobertura) os e-booksque se compram na Amazon. Para isso basta ter um cartão de crédito. A Amazon assegura que, mesmo fora dos EUA, o livro será descarregado em menos de um minuto, mas vão avisando que o tempo pode depender do sinal da rede 3G e também do tamanho do ficheiro. E se o aparelho na Europa é mais caro do que nos EUA, o mesmo acontecerá com os livros.
A maioria das obras para serem lidas no Kindle custam 9,99 dólares (sete euros) nos EUA. Quando compradas por um europeu, poderão custar entre 11,99 e 13,99 dólares (até 9,5 euros). A Amazon justifica o aumento do preço por causa do IVA. Poderá haver também uma taxa de 1,99 dólares (1,3 euros) a ser paga por cada livro que um residente fora dos Estados Unidos compre para ler no Kindle. A Amazon disponibiliza para já internacionalmente 290 mil livros electrónicos em língua inglesa (quem vive nos EUA tem à sua disposição 350 mil) e a assinatura de jornais, alguns europeus.
Notícia actualizada a 08.10, às 16h12