Bolaño em português

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Roberto Bolaño não é um autor inédito na edição portuguesa. O primeiro livro a ser por cá publicado, “Nocturno Chileno”, aconteceu pela mão da editora Gótica em 2003, o ano da morte do escritor chileno. É um romance curto (cerca de 150 páginas) em que se encontram já muitas características da escrita “bolaniana”. A acção decorre numa só noite, e o febril Sebastián Urrutia Lacroix, sacerdote e crítico literário, membro da Opus Dei e poeta medíocre, relembra os momentos mais importantes da sua vida. A Quetzal anuncia a sua reedição para o próximo ano.

Em 2006, e portanto já depois do êxito da publicação em Espanha de “2666” - que acontecera dois anos antes - a editorial Teorema lançou para os escaparates “Estrela Distante”, e Roberto Bolaño era já anunciado na capa como “o nome mais importante da moderna literatura sul-americana”. O livro foi recentemente reeditado, e conta-nos a história de Wieder, um militar que escrevia com fumo no céu versículos da Bíblia com um avião da II Guerra Mundial, e de Ruiz-Tagle, um péssimo aprendiz de poeta. Os dois são uma e a mesma pessoa.

“Os Detectives Selvagens” (um original publicado em 1998) é o romance que trouxe a Bolaño o reconhecimento literário ao serem-lhe atribuídos os prémios Herralde de Novela e o Rómulo Gallegos (uma espécie de Booker para a língua espanhola). Por cá foi publicado em 2008, já depois do êxito da tradução inglesa.

Hoje pelas 23 horas, na livraria Ler Devagar na Lx Factory, será finalmente lançada a obra-prima de Bolaño, “2666”.

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