A queda de uma aeronave ligeira numa herdade perto da área de serviço de Alcácer do Sal, na manhã de ontem, provocou a morte do piloto e causou três feridos, um deles em estado grave. Apesar de ainda não se saberem as causas exactas do acidente, fonte da Guarda Nacional Republicana informou a agência Lusa de que estas vão ser investigadas pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, cuja equipa de peritos se deslocou à Herdade da Palma. Este foi, em três dias, o segundo acidente do género. Na sexta-feira, um bimotor caiu em Évora, matando o piloto e um tripulante.

O acidente de ontem ocorreu perto do meio-dia, e no local, para além dos meios do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Guarda Nacional Republicana (GNR), estiveram 41 bombeiros de duas corporações e da Força Especial de Bombeiros, apoiados por 14 viaturas - e um helicóptero ligeiro da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

A vítima mortal que resultou deste acidente, o piloto de 79 anos, era também um dos proprietários da Herdade de Palma, uma exploração agrícola de grandes dimensões onde existe uma pista de aterragem para pequenas aeronaves. O ferido grave, "um jovem de 19 anos", é o outro ocupante da avioneta e, de acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal, foi encaminhado para o Hospital de S. José, em Lisboa, numa viatura do INEM, com queimaduras nas pernas.

Já os dois feridos ligeiros, segundo os bombeiros presentes no local, estavam "em terra" a aguardar a aterragem e são "familiares das pessoas que seguiam na aeronave", tendo-lhes prestado ajuda após o despenhamento. Foram transportados para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

A aeronave, uma avioneta muito pequena, monomotor, de dois lugares, terá caído após "bater num sobreiro", explicou António Gualdino, à frente do CDOS de Setúbal. Fonte da GNR garantiu à Lusa que a avioneta ficou "completamente destruída". Na sequência do acidente deflagrou um incêndio na herdade. O fogo foi extinto pelos homens destacados no local.