Scheungraber fazia parte da companhia do exército alemão que matou 14 civis a 26 de Junho de 1944 na localidade de Folzano di Cortina, em represália por um ataque levado a cabo por membros da resistência, anunciou o presidente do tribunal penal de Munique. O magistrado considera ter ficado provado que Scheungraber foi responsável, pessoalmente, pela morte de pelo menos dez desses civis.

Em bom estado de saúde, apesar da idade avançada, Scheungraber levou uma vida tranquila na Baviera desde o final da II Guerra Mundial e ouviu a condenação com tranquilidade. Durante o julgamento, que durou onze meses, o ex-militar negou as acusações, afirmando que entregou os civis à polícia militar e que ignora o que lhes aconteceu depois disso.

Trata-se de um dos últimos julgamentos de nazis, a par do de John Demjanjuk, suspeito guarda de um campo da morte que em Maio foi deportado dos Estados Unidos para enfrentar acusações de ter ajudado a assassinar perto de 28.000 pessoas durante a II Guerra Mundial.

O delegado do ministério público aplaudiu a condenação, a segunda que recebe o idoso, uma vez que em 2006 já tinha sido condenado à mesma pena por um tribunal italiano que o julgou in absentia.