S.Tomé e Princípe ancora-se ao euro

São Tomé e Príncipe e Portugal assinam esta semana um acordo de paridade cambial que vai permitir à moeda são-tomense - dobra - "ancorar-se ao euro", disse à Lusa o director do Centro de Investigação e Análise da Politica de Desenvolvimento, Adelino Castelo David.

A seguir a Cabo Verde, São Tomé é o segundo país africano de língua portuguesa a indexar a sua moeda ao euro.

O escudo cabo-verdiano indexou-se ao escudo português a 1 de Abril de 1998 e, consequentemente, ao euro assim que Portugal integrou a moeda única.

Esta é uma prática largamente seguida por França em relação às suas ex-colónias.Há acordos de paridade negociados com a União Europeia para dois grupos de países africanos: a União Económica e Monetária dos Estados da África Ocidental (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo) e a Comunidade Económica e Monetária da África Central (Camarões, Republica Centro Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial e Gabão).

Todos estes países pertencem à zona do franco CFA, criada em 1945, depois da desvalorização do franco francês após a II Guerra Mundial. Estes países tem a sua moeda indexada ao euro, mas não podem utilizá-lo como moeda oficial.

A França possui ainda territórios ultramarinos, que não fazem parte da União Europeia, mas que utilizam o euro como moeda oficial no âmbito de um acordo com a União Europeia, como Saint-Pierre-et-Miquelon, na costa do Canadá, e Mayotte, no Oceano Índico.

A Zona Euro é constituída por 16 Estados-Membros da União Europeia - Bélgica, Alemanha, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Áustria, Portugal, Eslovénia, Eslováquia e Finlândia.

Não participam no euro os seguintes Estados-Membros: Bulgária, República Checa, Hungria, Letónia, Estónia, Dinamarca, Lituânia, Polónia, Roménia, Suécia e Reino Unido.

Sugerir correcção
Comentar