Saviola vem "passar férias", diz Bruno Carvalho
"Não fiquei nada satisfeito. A contratação do Saviola é igual à do Aimar no ano passado. Se fossem mesmo bons, se estivessem na parte boa da carreira, não vinham para o Benfica. Quero descobrir novos talentos, jogadores que possam dar tudo pelo Benfica e não acabar a carreira e passar férias no Benfica", afirmou Bruno Carvalho.
O director do Porto Canal, que falava aos jornalistas pouco antes de um jantar com os membros da sua Lista (B), ironizou que "com estes jogadores o Benfica vai fazer uma grande figura no Torneio do Guadiana" e prometeu a "aquisição" de um futebolista, caso seja eleito dia 03 de Julho.
"Vou prometer um jogador, o Nuno Gomes. É uma vergonha o Benfica ainda não ter renovado com o seu capitão. Prometo não deixar o Nuno Gomes ir embora. Gostava de saber o salário do Saviola comparado com o salário do Nuno Gomes", referiu o empresário, defendendo "mais portugueses" no plantel "encarnado".
Num jantar realizado num restaurante de Lisboa, e que juntou perto de 60 pessoas, Bruno Carvalho desafiou o actual presidente do clube e rival eleitoral, Luís Filipe Vieira, para um debate "a bem da democracia" do clube.
"Como o processo eleitoral tem sido tão mau, ele que venha à televisão e debata comigo. Ele que escolha o dia e hora", acrescentou.
O líder da Lista B voltou a defender que os estatutos do Benfica impedem Luís Filipe Vieira de se recandidatar à presidência e lamentou o tratamento que tem tido por parte dos serviços do clube.
"Os estatutos são para cumprir e todo o dialogo que tenho tido com o Benfica tem sido vergonhoso. Toda a informação que peço não me é dada", lamentou o empresário.
Bruno Carvalho considerou ainda que "Vieira tem pouco para mostrar, apenas terceiros e quartos lugares" e voltou a alertar para o aumento do passivo dos "encarnados": "Quando ele (Vieira) entrou o passivo do Benfica era 20 milhões de contos e agora são 70 milhões", concluiu.
As eleições do Benfica estavam inicialmente marcadas para Outubro, mas os membros dos órgãos sociais demitiram-se em bloco, o que provocou a antecipação do acto eleitoral para 3 de Julho.