O seleccionador brasileiro mexeu pela primeira vez na equipa aos 82’, colocando em campo Dani Alves (para o lugar de André Santos), o especialista da equipa em lances de bola parada. Até então o jogo não prometia nem golos nem espectáculo, mas o número 13 acabou por dar sorte. Seis minutos depois de ter entrado, e depois de uma falta sobre Ramires, o pontapé de Dani Alves passou ao lado da barreira e fora do alcance de Khune. O Brasil estava na final e os 48 mil espectadores contentavam-se com a perspectiva de ver a África do Sul defrontar mais uma vez a Espanha, que ganhou o primeiro duelo por 2-0.

O golo de Dani Alves teve ainda o mérito de retirar algum brilho à participação da selecção sul-africana, que ontem procurou bater-se de igual para igual com o poderoso Brasil. A melhor noportunidade da equipa da casa surgiu aos 58’, mas uma sapatada de Júlio César evitou o golo de Modise, cujo remate sofrera um desvio nas costas de Luisão.

Sem garndes correrias, o Brasil foi, apesar de tudo, mais incisivo e prático nos metros decisivos do terreno. Aí destacou-se Kaká com uma série de remates perigosos – e com boas respostas por parte de Khune. Luís Fabiano (na cara do guarda-redes sul-africano, 90’+1’) e Robinho (de forma acrobática, 63’) também tiveram os seus momentos, mas só a precisão de Dani Alves viria a decidir esta meia-final.

Tanto o jogo de atribuição do terceiro lugar como a final da competição realizam-se no domingo.