Eleições para Ordem dos Farmacêuticos só em Outubro

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A bastonária da OF anunciou a demissão de todos os órgãos daquela entidade em Fevereiro Público (arquivo)

"Está tudo muito claro. Marcámos eleições gerais antecipadas em Fevereiro. Tem havido assembleias e alguma discussão sobre o assunto, mas a decisão cabe ao presidente de mesa da Assembleia-geral da Ordem dos Farmacêuticos [António Proença da Cunha], que ainda não marcou qualquer data", afirmou à Agência Lusa a bastonária Elisabete Mota Faria.

Falando à margem da cerimónia de inauguração das novas instalações da Ordem na Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa, durante a qual também foi apresentado o símbolo renovado da OF, Elisabete Mota Faria explicou que pediu que as eleições gerais "fossem a 30 de Outubro para conseguir cumprir o regulamento eleitoral e porque não se queria iniciar o processo [acto eleitoral] num mês de férias".

"Estamos a aguardar que o presidente de mesa da Assembleia-geral decida o que vai fazer", reiterou, acrescentando que António Proença da Cunha "está a consultar os vários representantes da classe".

Elisabete Mota Faria negou ainda que dentro da Ordem dos Farmacêuticos "exista qualquer mal-estar".

No passado mês de Março, a bastonária da OF anunciou a demissão de todos os órgãos daquela entidade e a convocação de eleições gerais antecipadas, segundo um comunicado enviado à Agência Lusa na altura.

A nota referia que tal decisão surgia "na sequência da situação criada pelas Direcções Regionais de Coimbra e Porto que, há mais de um ano, não comparecem nas reuniões nacionais da Ordem".

A falta de quórum da direcção (em vez de sete, funcionava apenas com três elementos) tem sido, precisamente, uma das críticas da oposição à bastonária. Na altura da demissão, alguns dos seus opositores mostraram-se "estupefactos", afirmando que a bastonária recusara abandonar o cargo apesar de a maioria o ter exigido na assembleia-geral.

"A maioria pronunciou-se a favor da destituição da bastonária interina, que no ano passado assumiu o cargo de Irene Silveira, por motivos de saúde", explicou à Lusa, na altura, o delegado eleito Daniel Ramos, da direcção regional do Porto, sublinhando também que desde aquela data "todas as reuniões da OF têm sido ilegais porque os membros das direcções Regionais de Porto e Coimbra não têm participado nelas".

Na cerimónia de inauguração das novas instalações, que custaram 1,8 milhões de euros, estiveram antigos bastonários, a chefe de Gabinete da Ministra da Saúde, Filomena Parra da Silva, e representantes do INFARMED (autoridade que regula o mercado do medicamento), entre outros responsáveis.