CDS contra imposto europeu avançado por Vital Moreira

O CDS-PP rejeitou a criação de um imposto europeu, aventada hoje por Vital Moreira, considerando que seria melhor que "o Governo usasse bem e não desperdiçasse os fundos que vêm da União europeia" ao invés de "criar um novo imposto".

"A lista do CDS-PP rejeita liminarmente a criação de um novo imposto europeu, porque ela é absurda ao ser apresentada nesta conjuntura e não tem sustentação técnica", afirmou o número dois da lista do CDS-PP às europeias, Diogo Feio.

Para o candidato às eleições de 7 de Junho, "bem melhor seria por exemplo, que o Governo usasse bem e não desperdiçasse os fundos que vêm da União Europeia em vez de estar a criar um novo imposto".

"Nós achamos que esta é uma discussão passada, que não tem qualquer razão de ser nos dias de hoje e entendemos que os Estados devem manter nas suas mãos, um instrumento fundamental da sua politica económica que é o da política fiscal", acrescentou.

O CDS-PP quer ainda esclarecer se a posição de Vital Moreira sobre a possível criação deste imposto seria individual, da lista ao Parlamento Europeu ou se foi conversada com o primeiro-ministro e ministro das Finanças.

Vital Moreira, admitiu hoje aumentar os recursos da União Europeia através da criação de um imposto europeu sobre transacções financeiras, ou pela transferência de fatias suplementares dos orçamentos nacionais.

As posições de Vital Moreira foram proferidas numa sessão no Instituto de Emprego e Formação Profissional de Chaves, quando sublinhava a necessidade de serem aumentados os recursos financeiros da União Europeia.

Segundo Vital Moreira, com o alargamento da União a mais países da coesão, Bruxelas só poderá continuar a sustentar as suas políticas de coesão económica, social e territorial se o orçamento comunitário conhecer um reforço entre 2014 e 2020.

No final da sessão, confrontado pelos jornalistas sobre a sua proposta de criar um novo imposto europeu, Vital Moreira argumentou que "é uma possibilidade em aberto, que os socialistas europeus nunca puseram de fora".

"É claro que isso nada tem a ver com qualquer aumento da carga fiscal. O imposto europeu pode incidir sobre transacções financeiras ao nível da União mas pode ser feito a partir de substituição de uma parte de impostos nacionais", sustentou o constitucionalista da Universidade de Coimbra.

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