Comunidade muçulmana rejeita distribuição de preservativos nas escolas

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A ideia já tinha sido contestada sa semana passada pela Igreja Católica Paulo Ricca (arquivo)

Apesar disso, a Juventude Socialista não abdica da distribuição de preservativos nas escolas secundárias – uma ideia que está incluída no novo projecto-lei sobre educação sexual e que está a gerar muita polémica. A Igreja Católica já se tinha manifestado na semana passada contra essa possibilidade e a comunidade muçulmana, com cerca de 35 mil fiéis, junta-se agora a essas críticas.

O líder desta comunidade em Lisboa, citado pela TSF, lembra que o Islão não permite relações sexuais antes do casamento e entende que o projecto as vai incentivar. O sheikh David Munir sublinha, no entanto, que nada tem contra a existência de educação sexual nas escolas. “Falar sobre a educação sexual é não só o dever dos pais, mas também será positivo se a escola explicar. É bom que tenhamos a noção quando crescemos da nossa sexualidade. O distribuir preservativos é abrir uma porta, para que haja o contacto físico entre rapazes e raparigas, o que o Islão proíbe sem ser por casamento”, explicou.

Na religião judaica que terá, em Portugal, cerca de cinco mil crentes, nada há contra a distribuição de preservativos nas escolas. O presidente da comunidade israelita de Lisboa, José Carp, concorda com a medida, mas reconhece que, entre os judeus portugueses, nem todos pensarão da mesma maneira. “Para mim faz todo o sentido e é uma medida importantíssima para acabar com a gravidez em jovens e situações às vezes dramáticas”, sublinhou na mesma rádio.

As Testemunhas de Jeová, que em Portugal contam com cerca de 150 mil seguidores, lembram a importância da castidade até ao casamento, dizendo que, por isso, a distribuição de contraceptivos é indiferente. “Os nossos jovens sabem muito bem o que fazer, são criados e educados de acordo com aqueles valores, apreciamos muito a educação que Deus nos dá, vivemos de acordo com os valores que defendemos independentemente do que os outros façam”, esclareceu Pedro Candeias, também à TSF.

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