Seis crianças entre as 44 vítimas de massacre em casamento na Turquia

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Testemunhas descrevem cenas de horror no casamento que acabou em tragédia Nail Kadirhan/Reuters

As autoridades turcas excluíram qualquer ligação à rebelião curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta contra o Governo nesta região da Turquia. E dizem que os primeiros elementos da investigação apontam para um acto de violência, ou mesmo vingança, resultante de um conflito entre famílias nesta região curda.

Com base em testemunhos, porém, a BBC também diz que entre os atacantes estavam membros de uma milícia conhecida como Guardas da Aldeia, que teriam, em anos recentes, colaborado com as tropas governamentais no combate aos separatistas curdos. Mas estas são informações não confirmadas.

Os homens, com a cara tapada e munidos de espingardas e granadas, dispararam sobre as pessoas ainda a partir da porta e das janelas, disse uma testemunha à BBC, que descreve o "horrível cenário" das dezenas de pessoas mortas entre os cerca de 200 presentes.

O balanço de 44 mortes foi avançado esta manhã pelo ministro do Interior Besir Atalay, que também informou que oito atacantes, na posse de armas, tinham sido presos.

O ministro que falou aos jornalistas em Ancara, antes de partir para o local do drama com mais membros do Governo, afastou qualquer hipótese de se tratar de um ataque terrorista ou do PKK. Testemunhas em Bilge falaram na hipótese de o ataque ter resultado de um diferendo entre famílias, possivelmente uma vingança, na aldeia curda de Bilge, com cerca de 300 pessoas, a cerca de 20 quilómetros de Mardin, cidade multi-étnica onde convivem turcos, curdos e árabes.

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