A acusação partiu do ministério da Defesa que, segundo um porta-voz, diz estar a “investigar a sublevação armada preparada em várias unidades militares”.

“Antigos altos responsáveis estão envolvidos. Isto foi organizado pela Rússia e visa no mínimo perturbar os exercícios da NATO na Geórgia”, disse um porta-voz do ministério da Defesa.

A base militar Moukhrovani, perto de Gori, a oeste da capital da Geórgia, está em “estado de alerta” e uma pessoa foi detida, informou ainda este porta-voz, Chota Outiachvili.

O ministro da Defesa, David Sikharoulidze, explicou depois que o batalhão de blindados nesta base se tinha amotinado e que a rebelião continuava.

“Os agentes das forças da ordem estão no local”, disse em declarações à cadeia de televisão Roustavi-2. O ministro afirmou ainda que a rebelião, além de tencionar comprometer os exercícios da NATO na Geórgia, tinha como objectivo “derrubar as autoridades militarmente”.

A Rússia, que tinha pedido a anulação dos exercícios militares da Aliança Atlântica em território georgiano, ainda não reagiu às acusações de Tbilissi.

O Presidente Dmitri Medvedev condenou a iniciativa num país onde “recentemente houve uma guerra” numa referência ao conflito que em Agosto do ano passado opôs russos e georgianos, que começou com a tentativa da Geórgia de controlar a região separatista georgiana pró-russa, a Ossétia do Sul.