Obama declara que "waterboarding" foi uma tortura e um erro

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Obama falou no dia em que completou os seus primeiros cem dias na Casa Branca Jason Reed/Reuters

O Presidente Barack Obama afirmou ontem acreditar que o "waterboarding" (a técnica de simulação de afogamento) foi na verdade uma tortura e "um erro".

Durante a conferência de imprensa para assinalar os seus primeiros 100 dias na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos rejeitou a defesa que o antigo vice-presidente Dick Cheney fez daquela forma de interrogatório, citando mesmo a recusa do antigo primeiro-ministro britânico Winston Churchill de recorrer a práticas de tortura no auge do Blitz alemão durante a II Guerra Mundial.

Obama declarou-se muito satisfeito com a sua decisão de proibir o "waterboarding" e outras duras técnicas de interrogatório utilizadas nos centros de detenção da CIA existentes numa série de países.

"Fossem quais fossem as justificações, era um erro", disse enfaticamente, quanto ao que se fazia durante a Administração Bush.

Obama tem vindo a ser criticado, designadamente por Cheney, por ter tornado públicos quatro memorandos secretos da anterior Administração que pormenorizavam técnicas de interrogatório aprovadas para serem usadas pela CIA, os serviços secretos norte-americanos.

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