Países africanos disponibilizam ajuda de 400 milhões de dólares ao Zimbabwe

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Pobreza crescente e taxa de inflação exorbitante no Zimbabwe Howard Burditt/Reuters

O Zimbabwe vai poder usufruir de uma linha de crédito de 400 milhões de dólares disponibilizada por vários países africanos para apoio a sectores mais afectados do país com a maior taxa de inflação do mundo. A Human Rights Watch alertou, no entanto, para o facto de a comunidade internacional dever condicionar a ajuda ao fim das violações de direitos humanos.

O ministro da Indústria e do Comércio, Welshman Ncube, garantiu, citado pelo jornal oficial "The Herald", que os países africanos se empenharam na ajuda ao Zimbabwe e no fornecimento de linhas de crédito a empresas do país. O Governo de coligação formado pelo Presidente Robert Mugabe e pelo primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, que representam respectivamente a União Nacional Africana – Frente Patriótica (ZANU-PF), no poder desde a independência, e o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), na oposição, tinha apelado a uma ajuda de milhões de dólares para relançar a economia.

O ministro Welshman Ncube adiantou que o Zimbabwe procurou ter um apoio de 200 milhões de dólares da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e outros 200 milhões do Mercado Comum da África Oriental e Austral, sem adiantar se a ajuda provém destas duas organizações. Por outro lado, garantiu que as empresas poderão começar a aceder à linha de crédito nas próximas semanas.

A directora da organização Human Rights Watch em África, Georgette Gagnon, considerou que “a ajuda humanitária aos zimbabweanos deve continuar”, mas que os países doadores “não devem fornecer ajuda ao desenvolvimento até que seja posta em prática uma mudança irreversível sobre os direitos humanos, o Estado de direito e a responsabilidade dos decisores”.

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