Os militares da extinta Brigada de Trânsito (BT) estão "descontentes" com as alterações introduzidas e querem ser integrados na Unidade Nacional de Trânsito (UNT), que herdou "todas as insígnias, fardamento, crachás, estandarte nacional e até o dia de aniversário que sempre pertenceu à BT", segundo a petição.

No âmbito da regulamentação da Lei Orgânica da GNR, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, a BT foi extinta e cerca de 2.000 militares foram colocados nos destacamentos de trânsito dos 18 comandos territoriais de Portugal Continental.

Para a nova Unidade Nacional de Trânsito foram transferidos 160 efectivos da ex-BT, que estão em Lisboa e Porto, únicos locais que dispõem desta unidade especializada, apesar de realizar missões em todo o país.

No passado dia 9, os militares entregaram a petição com 8.285 assinaturas a todos os grupos parlamentares e voltam hoje ao Parlamento para serem recebidos pelo presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e por deputados do PSD, CDS/PP, PCP e Bloco de Esquerda.

A Jaime Gama vão entregar a petição, na qual exigem a sua integração na UNT, e aos deputados da oposição vão demonstrar o "descontentamento" e sensibilizá-los para a questão, disse à Agência Lusa um dos elementos da extinta BT.

Nas reuniões com os deputados, os militares vão pedir para que seja alterada a portaria que define a UNT no sentido de incorporar os cerca de 2.000 elementos que faziam parte da Brigada de Trânsito, adiantou.