Morreu o "rocker" francês Alain Bashung

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A revista "Les Inrockuptibles" classificou-o em 2008 como "o último dos gigantes" da música francesa

O cantor e compositor Alain Bashung, 61 anos, morreu no sábado em Paris vítima de um cancro de pulmão que lhe tinha sido diagnosticado em 2007. Ícone do rock francês, conseguiu em 30 anos a adesão de um público variado e o respeito dos seus pares.

A revista "Les Inrockuptibles" classificou-o em 2008 como "o último dos gigantes". De alguma forma ocupava nos últimos anos o lugar que em tempos ocupou Serge Gainsbourg, com quem colaborou, aliás, no seu álbum "Play Blessures" (1982): uma questão de aura, capaz de seduzir o público mais "mainstream" e os melómanos mais "esclarecidos", na forma como misturou a tradição do rock (cresceu a ouvir Elvis, Gene Vincent ou Buddy Holly) e a herança da "chanson française".

"Ele pretence a dois universos", resumia, em 2002, o seu biógrafo Patrick Amine. "Combina à sua maneira os antecedentes da ‘chanson française' que vão de Trenet a Gainsbourg. Tem a desenvoltura do rock anglo-saxónico, a liberdade musical, o humor que alia o som e o sentido".

No dia 28 de Fevereiro, Bashung triunfara nas Victoires de la musique, os prémios da indústria francesa de música, recebendo três prémios, entre os quais os de intérprete do ano e álbum do ano ("Bleu Pétrole"), o que fez dele, segundo a AFP, o artista mais premiado pelas Victoires - um total de 11 troféus. Foi também nessa cerimónia [ver foto] que se tornou evidente a fragilidade da saúde do cantor, que nesse mês teve de anular uma série de concertos.

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