Marisa Matias e Rui Tavares na lista do BE ao Parlamento Europeu

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Marisa Matias já se tinha candidatado pelo BE, quando concorreu à Câmara de Coimbra Miguel Madeira (arquivo)

A socióloga Marisa Matias e o historiador e colunista do PÚBLICO Rui Tavares são o segundo e o terceiro nomes da lista do Bloco de Esquerda (BE) ao Parlamento Europeu, que é encabeçada pelo eurodeputado Miguel Portas.

Aprovada ontem pela Mesa Nacional do BE, a lista foi constituída com a expectativa de que o Bloco cresça em votos e eleja dois deputados. Os nomes seguintes na lista são Alda de Sousa, Timóteo Macedo e José Goulão.

Marisa Matias tem 33 anos e é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde está a terminar um doutoramento sobre doenças ambientais. Activista do movimento contra a incineração e dirigente da Associação Pró-Urbe, Marisa Matias já antes se tinha candidatado pelo BE, quando concorreu à Câmara de Coimbra.

Em declarações ao PÚBLICO, a socióloga não desmente a expectativa da eleição e garante que “é preciso repensar a Europa nos termos em que o BE o faz”. E exemplifica com o funcionamento do “processo democrático interno na União Europeia”, considerando que “é preciso mais Europa” e defendendo que “reforçar o papel dos cidadãos é um caminho a seguir”.

Sobre a situação que se vive, Marisa Matias considera que “a crise é muito mais do que económica, é sobretudo uma crise social profunda”, frisando que este “é um dos domínios que nos mostra que é preciso uma intervenção integrada”.

A socióloga que agora se candidata ao Parlamento Europeu afirma ainda em relação à crise que “tem havido desequilíbrios entre as dificuldades que existem e as respostas que são dadas”. E advoga que “é preciso que os órgãos da Europa possam reflectir e dar respostas dentro do sistema, que é limitado”, para criticar que a resposta esteja “a ser dirigida para um sector e não para as pessoas” e defender que “é preciso dar resposta sobre emprego e inclusão”.

Marisa Matias lembra a este propósito uma medida defendida pelo Bloco: “Deve exigir-se que dê o exemplo e termine desde já com os offshores que existem em território europeu”.

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