Paris avança com proposta para acalmar reivindicações de Guadalupe

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Manifestantes prestaram homenagem a sindicalista que morreu ontem Gilles Petit/Reuters

O primeiro-ministro francês, François Fillon, anunciou hoje que os medianeiros enviados por Paris à ilha de Guadalupe, nas Antilhas, vão fazer propostas próximas das exigências dos manifestantes que há um mês ali iniciaram uma greve contra o que dizem ser as desigualdades existentes.

“Chegamos a qualquer coisa próxima dos 200 euros de aumento para os salários mais baixos”, disse Fillon, enquanto o secretário de estado do Ultramar, Yves Jégo, explicava que esta medida poderá beneficiar 25 mil pessoas.

Esta tarde o Presidente Nicolas Sarkozy reúne-se no Eliseu com uma parte do Governo e duas dezenas de personalidades dos departamentos e territórios ultramarinos, de modo a evitar que a crise em Guadalupe e na Martinica tenha profundas repercussões em zonas tão diferentes como a Guiana Francesa, a Reunião e a Nova Caledónia.

Na noite passada foram detidas 33 pessoas em Guadalupe, onde foram incendiados cinco estabelecimentos, disparados tiros contra as forças policiais e incendiada a câmara municipal de Sainte-Rose.

A contestação está a ser coordenada por um sindicalista de 42 chamado Élie Domota, cuja retórica começa a assumir os contornos de uma causa independentista, ao ponto de já se ter referido aos enviados especiais dos media metropolitanos como “a imprensa estrangeira”.

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