La Fura dels Baus fica associada ao centro de criação de teatro e artes de rua da Feira

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O fotógrafo Oliviero Toscani, Rubik, o inventor do cubo mágico, e Eugenio Barba, fundador do Odin Teatret da Dinamarca, serão outros consultores do centro

A companhia catalã La Fura dels Baus será uma das consultoras do Centro de Criação para o Teatro e as Artes de Rua, estrutura única no país no género que vai nascer em Santa Maria da Feira. Jürgen Müller, um dos directores artísticos do grupo espanhol, coordenará uma residência de criação com cerca de 20 jovens dos 15 aos 18 anos, de três escolas da Feira, concebida para o espaço da biblioteca municipal.

Müller chega à Feira a 7 de Março e o espectáculo deverá ser apresentado no final desse mês. Trata-se de um work in progress, que será retomado em Outubro, centrado nas novas formas de comunicação. Este "diálogo" com La Fura dels Baus integra ainda a apresentação do espectáculo "Império>", um dos últimos da companhia, na próxima edição do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua da Feira, que se realiza de 28 a 31 de Maio.

Oliviero Toscani, mentor e fotógrafo da emblemática campanha da Benetton; Ernõ Rubik, o húngaro que inventou o cubo mágico; e Eugenio Barba, fundador do Odin Teatret da Dinamarca, serão outros consultores do centro artístico. A lista de parceiros, que ainda não está fechada, inclui também a Faculdade de Belas Artes do Porto, o Teatro do Bolhão e o Instituto de Antropologia da Universidade de Roma.

Apesar de o centro de criação ainda não existir como estrutura física, o trabalho já começou. Recentemente, foi aberto o concurso de concepção do equipamento pela Câmara da Feira e o projecto será objecto de uma candidatura ao QREN, num investimento de cinco milhões de euros .

"O centro de criação pretende preencher um vazio que existe em Portugal em relação às formas de expressão artística que incidem no espaço público. Falta uma estratégia nesta área que tem potencialidade de oferta e de procura. Pretende-se também dar um contributo importante no debate, a nível europeu, sobre o papel das artes de rua na sociedade de hoje", adianta Renzo Barsotti, director artístico do Imaginarius.

O espaço deve funcionar como "centro de incubação da criatividade da região norte, criando condições para que os criativos possam desenvolver os seus projectos", acrescenta Barsotti. Assume-se como um pilar do cluster das indústrias criativas da região, assente na criação e difusão de projectos e que quer encontrar equilíbrio entre a oferta e a procura. A aposta nos jovens é uma componente do projecto, através da promoção do acesso ao microcrédito.

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