São os mais jovens de sempre a representar o país na bienal de arte contemporânea.
A jovem dupla de artistas João Maria Gusmão e Pedro Paiva vão ser os representantes oficiais de Portugal na próxima edição da Bienal de Veneza.
A menos de meio ano da inauguração do mais importante evento de arte contemporânea do mundo - 7 de Junho a 22 de Novembro -, a Direcção-Geral das Artes (DGA) põe assim fim a longos meses de especulação e polémica que passaram por uma inesperada - e fracassada - tentativa de levar o cineasta Pedro Costa à bienal.
Depois da recusa do autor de "Ossos" e "No Quarto da Vanda", a DGA volta a fazer uma escolha que cai fora da norma do que têm sido as presenças portuguesas em Veneza, invariavelmente feitas por artistas consagrados ou, pelo menos, em momentos mais tardios de carreira - Julião Sarmento, em 1997, Jorge Molder em 1999, João Penalva em 2001, Pedro Cabrita Reis em 2003, Helena Almeida em 2005 e Ângela Ferreira em 2007.
João Maria Gusmão, de 29 anos, e Pedro Paiva, de 31, estão entre os jovens artistas portugueses com mais forte afirmação internacional do momento. Vão trabalhar no projecto de Veneza com comissariado de Natxo Checa, o director da Galeria Zé dos Bois, com quem têm colaborado estreitamente quase desde o início da sua carreira e que comissariou a grande mostra que apresentaram no inicio de 2008 na Cordoaria Nacional, a maior exposição que a dupla fez em Portugal desde "Intrusão: The Red Square", a antológica que em 2005 lhes foi dedicada pelo Museu do Chiado.
