A Troca

Um Eastwood menor, sério e bem feito mas um tudo nada maçudo e pesadão

Percebe-se o que é que mestreEastwood viu no caso verídico deChristine Collins, mãe solteira na LosAngeles de 1928 cujo filho é raptado ea quem a Polícia tenta impingir umoutro miúdo como filho, mas quelutará até à última para fazer valer averdade - uma variação sobre ocódigo de justiça e que semprenorteou as suas própriaspersonagens. Ainda por cima,Eastwood encontra em Angelina Joliea actriz ideal para esta personagemque podia ser uma variante femininados seus heróis relutantes, e sublinhacom alguma ironia a manipulaçãodos media subjacente a todo o caso.

Porque, então, é que "A Troca" nuncapassa de um Eastwood menor, sério ebem feito mas um tudo nada maçudoe pesadão? Porque, apesar dainteligência de procurar "escreverdireito por linhas tortas". o realizadordeixa o filme desfocar-se da via sacrada mãe coragem e desmultiplicar-sepor outras pistas (filme policial, filmede tribunal) que inflacionam aduração sem trazerem mais-valias.

Nada que macule o percurso deEastwood, mas longe de ser um dosseus melhores filmes.

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