Cidade tem 13 universidades seniores

a Há um edifício cor-de-rosa na Rua das Motas, ao Passeio Alegre, no Porto. Nos vidros, um papel A4 chama-lhe Universidade Senior da Foz (USF). É uma das 120 que existem um pouco por todo o país, dedicadas aos maiores de 55. Chamam-se "universidades" por uma questão de auto--estima. O presidente da RUTIS (Rede de Universidades de Terceira Idade), Luís Jacob, defende que "dizer que se anda num centro de dia é diferente de dizer que se anda numa universidade". Só no Porto, existem 13. A mais antiga é, segundo o registo da RUTIS, a Universidade Senior Ocupacional da Lixa, criada em 1961.
A USF nasceu um pouco mais tarde, em 1997, mas ainda assim bem antes do boom que, em 2000, levou à criação de centenas de instituições do tipo. Mora na mesma casa do Orfeão da Foz, do qual depende financeiramente. As aulas são informais, como diz a directora da USF, Isménia Boggio, e, para o presidente da RUTIS, essa é a razão do sucesso. As disciplinas variam conforme a instituição e os professores são, na maioria, voluntários. Podem ser "arquitectos, engenheiros, médicos ou pedreiros", diz Luís Jacob. Fernando Carreira, por exemplo, é médico e entrou na USF para aprender. Ao fim de um ano, foi convidado para leccionar a disciplina Saúde Viver Melhor (uma das que registam maior número de alunos) e aceitou. Estas associações foram criadas para "combater a depressão" própria da idade, resume Luís Jacob.
Há pessoas que se sentem melhor ao dizer que frequentam uma "universidade", em vez de um "centro de dia"

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